quarta-feira, 25 de outubro de 2017

A Mala! Qual a mais segura ou menos vulnerável? By Pati

Tudo pronto para sua viagem, aquela ansiedade em chegar ao destino, planejamento, aeroporto, conexões e... as malas!

É difícil encontrar alguém que nunca teve um pertence furtado de dentro de sua mala. Eu mesma já tive! Uma frustração. Na época foi um carregador de máquina fotográfica Sony, a câmera estava comigo! 
Tem alguns cuidados que você deve ter ao escolher o tipo de mala.

Serei breve e objetiva :)

As malas de zíper sempre foram um problema porque podem ser abertas com uma caneta e fechadas normalmente, você nem percebe que foi aberta. O melhor é travar o zíper com um cadeado, mas já tem espertinhos abrindo estas também!


O modelo que mais gosto e uso, é o sem zíper. As malas rígidas com fechamento por código. Claro que nos aeroportos a fiscalização tem como abri-las, mas quando isso acontece eles deixam um papel dentro da mala explicando que esta foi revistada, já aconteceu comigo também, mas meus pertences estavam todos lá!
Esta é uma das minhas malas Samsonite, sem zíper a volta toda. São mais caras, mas se você viaja bastante, vale o investimento!



Tem quem goste de envelopar a mala com um filme plástico, para proteção, se a mala for nova e para evitar furtos. Eu não gosto e acredito que isso não funcione para furtos. Quantas vezes você não viu na esteira malas chegando arrebentadas? Claro que aí tem toda aquela burocracia, reclamações para a companhia ressarcir os danos.


Hoje já existem malas sofisticadíssimas que possuem GPS, entrada para carregar celular e outros mimos. A Blue Smart é uma delas. Você consegue ver em seu smartphone onde está sua mala. Fantástico né? Para isso você terá que pagar, aqui no Brasil, cerca de R$ 2.500 a mais barata, o modelo Black chega a custar acima de R$ 3.000.


Dica importantíssima: Jamais deixe suas malas ou bolsas sozinhas, nem para ir ao banheiro, não tire o olho delas!! Além do roubo de malas, podem colocar drogas e outras coisas comprometedoras dentro!

quarta-feira, 18 de outubro de 2017

Manaus e um pedacinho da Floresta Amazônica - by Pati

Manaus é uma metrópole com mais de 2 milhões de habitantes e tem muita coisa para fazer, ficamos 4 dias e achamos pouco. Acho que mais dois dias seria melhor. O calor é insuportável e úmido, mesmo quem mora lá não se acostuma. Você sente um cansaço com poucos passos. Todo lugar que entrávamos o ar condicionado era geladíssimo e ai tínhamos que colocar uma blusinha de manga comprida, parece exagero mas não é!

Nossa primeira visita foi ao Teatro Amazonas. Lindíssimo e muito rico, a maioria dos materiais foram trazidos da França e Escócia, na época, os barões da borracha queriam todo o luxo que tinham na Europa, até as roupas dos artistas iam para lá para serem lavadas!
O teatro está em funcionamento, recebendo espetáculos de música e dança.
Preço da visita: A entrada custa R$20,00, mas como fomos no Dia Mundial do Turismo (27 de setembro) não pagamos nada :)





Aproveite para almoçar no Caxiri, que fica ao lado do teatro. Simplesmente delicioso e preço justo. Comemos pirarucu com pirão de tucupi com jambu e suco de cupuaçu.

Vista do Teatro de dentro do Restaurante Caxiri

Em frente a praça do teatro também tem a Galeria Amazônica, que vende um artesanato muito bem feito pelos índios e em cada peça vem uma etiqueta com a descrição da aldeia e se foi feito por homens ou mulheres. O preço é mais caro que nas simples lojinhas mas vale a pena, porque na galeria os índios são bem pagos pelo artesanato e nas outras lojas nem sempre é assim.

 Galeria Amazônica




Para quem quer provar o tacacá, na mesma praça, tem o Tacacá da Gisela, que é confiável.
Outro lugar excelente para comer é o restaurante Banzeiro, com uma culinária mais requintada, comemos tambaqui com crosta de castanha do Pará acompanhado de banana da terra e arroz com ervas.
Para a entrada: formiga saúva com espuma de mandioquinha. A formiga é deliciosa, tem sabor de erva cidreira e libera um frescor muito bom na boca. A dica do chef  foi pegar as formigas com o garfo, separadas da espuma, para sentir bem o gosto! Eu comeria de novo, mas uma porção maior!!!


Palácio da Justiça
Fica bem ao fundo do Teatro e assim como ele foi construído com toda riqueza.
Uma curiosidade está no piso de madeira, feito com um tom escuro (madeira Acapu) e outra clara (madeira Pau Amarelo). O chão fica listrado e dizem que é pra lembrar o Encontro das Águas (Rio Negro e Solimões).
Visita guiada: grátis
Duas quadras abaixo do Palácio da Justiça tem a Skina do Suco, lá você encontra sucos da região, como Cupuaçu, Taperebá, Graviola e outros. Também experimente o X-Caboquinho, que é um lanche local com presunto, queijo coalho, banana frita e Tucumã (fruta de cor alaranjada e bem fibrosa).



Reparem no piso listrado!



Museu do Seringal Vila Paraíso
Como chegar: vá de Uber até a Marina do Davi, não se espante, pois o local é feio e sujo, tem muito lixo boiando no rio, todos os dias eles limpam, mas no dia seguinte tudo está sujo de novo.
Pegue um barco para o Seringal, é só perguntar para o pessoal que fica por ali. O valor por pessoa é R$12,00 só ida, e mesmo valor na volta. O barco geralmente sai a cada 1 hora. Fale para o condutor que você vai descer no Seringal, porque o barco vai parando em várias comunidades. Geralmente são 20 minutos até o Seringal. Uma dica: vá de tênis e não de chinelo! A entrada do museu custa R$5,00 por pessoa. Quando visitamos estavam sem luz, porque o gerador havia dado problema por causa de uma chuva forte na noite anterior, mas isso não atrapalhou.
O museu surgiu depois da gravação do filme A Selva, com participação de Maitê Proença. A produção do filme montou tudo para a filmagem e após o término doou tudo para a criação do museu. Então, que fique claro, lá não é a Vila Paraíso real e nem as instalações, as únicas coisas reais são as seringueiras nativas, castanheiras e parte do mobiliário da casa. A visita é bem interessante para saber a história de como os barões da borracha agiam e escravizaram os seringueiros.

Marina do Davi, muito lixo! Todos os dias pela manhã é assim, no fim do dia está melhor porque o lixo é recolhido, vimos um tipo de balsa cheia! Mas no dia seguinte tá igual... é como "enxugar gelo".


"Pelotas" de borracha natural, algumas que sobraram...





Mercado Municipal Adolpho Lisboa
Construído durante o Ciclo da Borracha, período da economia bem-sucedida que fez Manaus ser conhecida como a “Paris dos Trópicos”, inspirado no Mercado de Les Halles, de Paris. Seus pavilhões em alvenaria, ferro fundido e vitrais o tornaram um dos mais importantes exemplares mundiais de arquitetura em ferro. O mercado fica no centro histórico na orla do Rio Negro, e é o melhor lugar para comprar artesanato e outros artigos típicos da Amazônia. Também tem carnes e peixes. Nesse mercado não tem frutas e legumes! Um pouco mais a frente, 100m, você encontra o galpão da Feira Municipal de Manaus Moderna, lá tem peixes, carnes, frutas e legumes.




Praia Ponta Negra
A praia é artificial, isso quer dizer que a areia foi colocada ali, mas o rio é o Negro rsss





 Por do sol na Ponta Negra

OK que o rio é Negro, mas eu sou muita branca kkkkk, parece que estou de calça!

Para os passeios de barco contratamos a Amazon Eco Adventures, o atendimento foi top, pegaram a gente no hotel, nos levaram para uma marina particular e lá pegamos a lancha, estávamos em 6 pessoas. O passeio dura o dia todo é está incluso um almoço num restaurante flutuante, nadar com os botos, visita a comunidade indígena, encontro das águas e passeio no rio e suas comunidades flutuantes.

 Lugar onde chegam os peixes para o mercado de peixe

 Posto flutuante para os barcos

"Ambulancha" - a ambulância que atende comunidades flutuantes e outras mais distantes de Manaus.

 Venda flutuante

Encontro das águas: Rio Negro e Solimões
O Rio Negro é mais ácido, em torno de 4,2 de acidez, e mais quente, sua água é limpa, sem terra. 
O Solimões já é barrento e tem a acidez em torno de 7,0 e é mais frio também.

Curiosidade: Devido a acidez do Rio Negro tem poucos mosquitos, ainda bem! Lembrando que estávamos na época de seca, o rio estava baixo. 
Se for visitar na época de cheia os passeios podem ser outros, como ver a Vitória Régia e navegar pelos igarapés, mas nessa época a incidência de malária é alta!



O nosso guia sugeriu sentar atrás da lancha, com os pés na água e ele foi passando entre um e outro. É impressionante a diferença de temperatura e de flutuação dos pés!


Vista a Comunidade Indígena Tatuyos

Chegando na comunidade

 Eu com o Cacique!

 Oca de festas

As índias não soltam dos filhos nem na hora de dançar.


Essa é uma Comunidade Indígena, não é uma aldeia! A Aldeia deles fica bem ao norte do estado, quase divisa com a Colômbia. Lá vivem 26 aldeias, mas é proibido brancos lá. Alguns índios vem para Manaus, nesta comunidade, ficam uns meses e depois voltam pra aldeia e vem outros. Estes índios usam roupas normais, mas como sabem da visita de turistas, eles se vestem e se pintam. Eles apresentaram 3 danças e na última fomos convidados a dançar com eles. Foi fantástico!
Curiosidade: você sabia que um índio não pode se casar com a índia da mesma aldeia? Pois é...não pode!

Nadando com os botos
Vocês pensam que é fácil encontrar com eles? Passamos em 3 flutuantes procurando por eles, não ficam sempre no mesmo lugar. Mas a hora que a gente encontra é uma alegria só. São dóceis, adoram um carinho, tem a pele lisinha e são grandes! Pesam em torno de 200 quilos, e ficam passando entre as pernas.
Este foi o único dia que entramos no rio, porque era seguro. Não é recomendado, o turista, nadar no rio sem um "local". Realmente dá um medo quando entra na água, porque é escura e não se enxerga nada. Um dos perigos são os peixes Candiru, que são atraídos pelo cheiro da urina e entram nos órgãos genitais (feminino e masculino) e só saem com cirurgia, causando muito sangramento. O guia explicou que isso acontece com pessoas que nadam nuas. Então, nada de xixi na água do rio! Tem também as arraias que se escondem na areia e se você pisar causa uma ferida séria. Não se preocupem com estas coisas, sigam as instruções do seu guia que tudo corre bem.


A Eliana abraçou o boto e não soltava mais, e ele estava tranquilo.

Comunidade flutuante
Estas comunidades tem tudo! Escola, igreja, bares, tudo flutuante! O meio de transporte aqui é o barco, até pra ir na casa do vizinho rsrs. As casas são construídas sobre toras de madeira que chegam a custar R$ 5.000,00 cada e estas duram mais de 50 anos dentro da água.


 As casas são bem feitas e coloridas




Depois de 4 dias em Manaus, chegou a hora de partir para o Hotel Floresta. Escolhemos o Eco Park Jungle que é mais perto da cidade. O pessoal do hotel floresta nos pegou no hotel de Manaus, fomos até uma marina particular e de lá pegamos o barco do hotel, que demorou 25 minutos de navegação. Na volta uma lancha nos levou e só demorou 5 minutos rsrs.
Todos os passeios que fizemos, de barco, saindo de Manaus, o hotel também oferece mas o preço é mais caro!

 Chegando no hotel floresta

 Nossa cabana: com banheiro, ar condicionado e telas nas janelas. Na última noite dormimos com a janela aberta para escutar o som a mata!
 Piscina natural

 A piscina de água natural vem de uma nascente e é bem gelada, tem alguns peixinhos e esta cor avermelhada se dá as folhas que ficam no fundo e soltam esta cor.
Por do sol na prainha do hotel

O hotel é bom mas como se trata de floresta, não tem internet nem TV no quarto. A internet só funciona no lobby e o sinal é fraco. Tente se desconectar rsss. Ficamos duas noites e achamos que poderia ser uma, porque fizemos os passeios antes e não tínhamos nada pra fazer o dia todo, só descansar.
Fizemos o passeio Focagem Noturna para pegar filhotes de jacaré e pererecas. (na verdade quem foi foram Eliana e Luciana, eu fiquei com medo rs)



Na manhã seguinte fizemos a trilha de 1:30h na mata, com o guia Gustavo, o mesmo que fez a focagem noturna com as meninas, ele é muito bom, filho de índia, então sabe bastante sobre a cultura e árvores da floresta. Para a caminhada é obrigatório uso de tênis ou bota, meias e calça comprida, na parte de cima pode ir de camiseta, mas com repelente!

 Abraçando a seringueira


Balançando no cipó
 Bicho Preguiça
O Bicho Preguiça e seu filhote, estavam ao lado de nossa cabana, nem foi preciso 
ir para o meio da mata.

O que levar na mala
Repelente: sempre, o dia todo! O inconveniente é ficar melecado com o calor que faz lá.
Protetor solar
Capa de chuva
Guarda chuva/sombrinha: item que eu usei bem, para o sol forte e para as pancadas de chuva
Tênis e chinelo de dedo
Blusa de manga longa fina, com protetor solar
Calça comprida para caminhada na mata
Boné ou chapeu

Dicas:
Manaus, como toda cidade grande, vem acompanhada de criminalidade.
Cuide de seu celular, não dê bobeira com ele na mão, tire suas fotos e guarde.
Ande de Uber, dentro dos ônibus urbanos tem muitos assaltos, vimos uma batida policial onde todos os passageiros estavam sendo revistados. Depois perguntamos para o motorista do Uber e ele nos explicou que isso é um problema antigo da cidade.