quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017

Portugal: um lugar encantador - by Dani

12 dias sozinha em Portugal












Eu, Dani, depois do tenebroso ano de 2016, resolvi pegar minhas milhas e trocar por uma viagem.
O Destino: Portugal, que nunca me empolgou, mas que eu não conhecia, está na moda e todo mundo adora; a Data: 03 de janeiro de 2017; a Companhia: eu e Deus, queria um tempo só para mim, confesso que fiquei apreensiva, minha primeira viagem sozinha, mas amei; a Hospedagem: na maior parte da viagem, quartos em casa de família (alugados pelo site ou aplicativo do Airbnb), já que era para ser diferente, tudo tinha que ser realmente diferente, porém todos os quartos eram individuais. 

A experiência do Airbnb foi ótima, meus anfitriões me davam dicas, via mensagens e estavam sempre dispostos a tirar minhas dúvidas antes da viagem; mas lembre-se, antes de fechar qualquer quarto ou casa pelo Airbnb veja a nota do anfitrião, leia todos os comentários para não entrar numa furada.

Após meu tour, pelos aeroportos, SP-RJ-SP-Madrid-Lisboa (viagens com milhas é assim, depois descobri que se eu tivesse vendido minhas milhas no site "hot milhas" dava para comprar uma passagem direto para Lisboa mesmo na alta temporada ... vivendo e aprendendo) cheguei em Lisboa, depois de mais trinta horas de viagem rsrsrs, mas "o fim justifica os meios". 

No dia 04/01/17, por volta das 18h, cheguei em Lisboa e fui direto a uma loja da Vodafone (uma das operadores de telefonia da Europa) comprar um chip local para usar internet, afinal eu estava sozinha e precisaria do GPS, Google etc. Há um quiosque da Vodafone assim que você sai do portão de desembarque do aeroporto: paguei 15,00€ (chip + 30 GB de internet por 15 dias, mas me arrependi, devia ter pago 5,00€ a mais e ter direito a ligações em Portugal, é importante para se chamar táxis, urgências em estradas). Os próprios vendedores trocam o chip e configuram o Whatsapp, depois é só colocar seu chip de volta, que dá tudo certo.

Em seguida, no aeroporto, peguei o metrô (ou métro como eles pronunciam) para Estação Oriente (0,45€ o cartão recarregável + 1,50€ uma viagem), desta estação peguei um trem (comboio) para Coimbra, Estação Coimbra B (19,20€). Não jogue o cartão do metrô fora, pois, em Lisboa, além de você poder recarregar, ele é necessário para sair do metrô - a catraca só abre se você passá-lo.

Baixei os aplicativos da CP (Comboios de Portugal) para trens e da Rede Expressos (my RNE) para ônibus, tudo para saber horários, quem opera e preços. Deixei para comprar a passagem de trem para Coimbra quando chegasse em Lisboa, bem tranquilo, pois tem trem a toda hora. De Lisboa a Coimbra são quase duas horas de trem. Em Coimbra peguei um táxi, que me levou até a casa onde fiquei (5€). 


Finalmente, vivenciei minha 1a. experiência com o Airbnb, ficando em casa de pessoas que alugam quarto. Minha anfitriã, Fátima, me recebeu muito bem, a casa era antiga, me fez lembrar muito a casa da minha bisavó, pequena, simples e aconchegante. Fui tomar banho e quando voltei ao quarto, minha anfitriã colocou duas bolsas de água quente, embaixo dos milhares de edredons, para esquentar a cama, achei isto fofo e bem providencial, pois além de esquentar, ainda utilizei as bolsas, pois estava com dores no corpo, devido a minha viagem de mais de 30h.  Fátima, além de me dar dicas ótimas,  ainda me levou até a porta de um restaurante português, até o ponto de ônibus e até estação de trem. Por duas noites,  paguei R$ 92,00, vale muito a pena para quem está viajando sozinho, a residência fica na Rua Saragoça, próximo à Praça da República (Quarto Próximo Praça da República - Anfitriã Fátima - site Airbnb).  


Meu quarto na casa da Fátima

Fátima: Santuário e Aljustrel

No dia seguinte, resolvi ir de Coimbra ao Santuário de Fátima, peguei um circular (1,60€) que me deixou na Rodoviária e de lá peguei um ônibus até Fatima (11,20€). Na rodoviária fiquem atentos ao número da viatura (ônibus). 

Rodoviária em Coimbra: pegando ônibus para Fátima

É muito melhor ir a Fátima de ônibus, pois a rodoviária de lá é bem pertinho do Santuário, uns 5 minutos de caminhada. Não vá de trem a Fátima: a estação de trem é bem longe, bem longe mesmo, mais de 20 Km de distância do Santuário. Na rodoviária de Fátima há uma sala  fechada para deixar as bagagens, ao custo  de uns 5€ a diária, ótimo para quem está viajando e quer fazer uma parada em Fátima. De Coimbra a Fátima é apenas uma hora de viagem.


O Santuário de Fátima é belíssimo, muita paz, silêncio e sem aqueles ambulantes e comércio que têm em Aparecida do Norte e no Vaticano; um lugar espiritual realmente, acho que foi por isto que, pela primeira vez, me emocionei em um local religioso. Uma dica: perto do Santuário há um centro com lojinhas de artigos religiosos, tudo muito bonito e tranquilo, quem for comprar lembrancinhas de Fátima vá la primeiro, pois, na Capela das Aparições há missas toda hora e o Padre abençoa os objetos levados pelos fiéis.




                                Capela das Aparições: no local do pilar havia a árvore onde Nossa Senhora apareceu

As velas, que são bem maiores que as normais,  ficam todas expostas e você paga se você quiser: é claro que todo mundo paga, mas não tem ninguém vendendo ( o preço sugerido é de 0,50€ pelas velas menores).


Todo o lugar onde está Fátima nova é chamado Cova de Iria. Eu quis conhecer o lugar onde os pastorinhos nasceram e onde aconteceram a maior parte das aparições: Aljustrel. No mapa, que eles dão no Santuário, diz que eram um pouco mais de 2 km, resolvi ir de táxi, o que foi ótima escolha, pois há vários lugares lá e me pareceram distantes uns dos outros. Perto do Santuário em Fátima não havia táxis, então voltei à rodoviária, que é bem pertinho, e peguei um lá. 

Aljustrel é uma aldeia pequena, portanto, é difícil ter taxi lá para a volta, assim os taxistas te levam nos lugares e ficam esperando, não fazem preço fechado, deixam o taxímetro correr. O taxista, Sr. Miguel Gonçalves, me levou em todos os lugares interessantes, foi meu guia, ficamos em Aljustrel aproximadamente 1 hora, e gastei 25€, mas valeu cada euro, poio lugar é lindo: cheio de oliveiras, as casas dos pastorinhos estão intactas, uma verdadeira volta ao tempo. Ir a Fátima e não conhecer Aljustrel é um sacrilégio, porque esta aldeia é linda linda linda. 


Casa de Francisco e Jacinta
Quarto de Francisco
                              
                      
Valinhos: local de aparições do Anjo e de Nossa Senhora



  
Valinhos: Calvário Húngaro



Casa de Lúcia






Casa de Lúcia: Poço do Arneiro



Na volta, o taxista Sr. Miguel passou pela  antiga Igreja em Fátima velha. Por volta das 16:30 peguei o ônibus de volta a Coimbra.

Antiga Igreja de Fátima

Coimbra

A noite dei uma volta pelo Centro Histórico de Coimbra e subi até a Universidade de Coimbra, em ruas estreitas, ladeiras e escadarias. A cidade estava praticamente vazia, me "perdi" por entre suas vielas, mas a cidade é super segura, e resolvi aproveitar esta oportunidade única: ter uma cidade inteira pra mim e na maior segurança. 

























   Arco da Almedina

Na volta fui ouvir um Fado no Café Santa Cruz, que é bem bonito, antigo, fica bem ao lado da Igreja Santa Cruz, na rua principal do comércio. O Fado começa às 22:00h, não se paga nada por isto, apenas sente na mesa e peça algo para beber ou comer. Foi bem bonito e típico. 


Café Santa Cruz e seu Fado

No dia seguinte fiquei só em Coimbra, e dá para fazer tudo a pé e em um dia só, mas lembre-se: Coimbra é cheia de vielas, ladeiras e escadarias. Saindo da "minha" casa na Rua Saragoça, atravessei o rio Mondego, pela Ponte de Santa Clara, e fui conhecer o outro lado de Coimbra: 





  • Convento de Santa Clara-a-Velha:  um sítio arqueológico com o convento, não entrei porque  dava para ver de fora e tinha que pagar;


  • Portugal dos Pequenitos: um parque que tem os grandes monumentos portugueses e casas típicas de todas as regiões do país em miniatura,  não entrei, porque achei um passeio mais interessante para crianças, também tem que pagar; 


  • Quinta das Lágrimas: esta fiz questão de pagar os 4€, pois queria conhecer o lugar onde se deu a famosa história de amor de Portugal, o Romeu e Julieta português: Pedro, filho do rei, apaixonou-se por Inês, a empregada; o rei, não aceitando o romance, mandou matar Inês; quando o rei morreu e Pedro assumiu o trono, este mandou desenterrar Inês e a corou sua rainha; as pessoas, achando estranha a atitude de Pedro, diziam: "agora Inês é morta" e assim surgiu esta famosa expressão. Foi na Quinta das Lágrimas que também viveu a Rainha Santa Isabel, que alimentava os pobres e  por isso mesmo, ainda em vida, começou a gozar da reputação de santa, tendo esta fama aumentado após a sua morte, o que a fez ser canonizada. Hoje a Quinta foi transformada em um hotel, com um parque centenário, cheio de árvores, fontes, lagos e inclusive a famosa Fonte dos Amores. Não deixe de tirar fotos da fachada do hotel, que era o palácio, mas somente se tem acesso a este hotel por dentro do parque;


Fonte dos Amores


                                                                                 Fachada do Hotel

  • Convento de Santa Clara-a-Nova: saindo da Quinta voltei para a ponte do rio Mondego, mas antes de atravessá-la, fiquei uns 5 minutos decidindo se subia mais umas ladeiras e ia visitar o Convento de Santa Clara-a-Nova ou não, enfim, resolvi ir até lá. Embora tenha uma Igreja embaixo, o Convento fica em cima, subindo a ladeira. A subida parece mais difícil do que realmente é; de lá você tem um lindo visual da cidade e vale pena a subida. Já que estava lá em cima, paguei 2€ e fui visitar a igreja e os claustros (num convento é galeria coberta e arqueada, que forma os quatro lados de um pátio interior. PS: decore esta palavra, você vai visitar muitos claustros em Portugal). No altar está o caixão de prata que guarda o corpo, ainda intacto, da Rainha Santa Isabel. 


Igreja embaixo 

Caixão de Prata que guarda o corpo da Rainha
                Estátua Rainha Sta. Isabel
Claustros do Convento

Vista de Coimbra: no topo a Universidade de Coimbra

Após conhecer todo este lado de Coimbra, voltei para outro lado rio, onde fica a parte mais interessante da cidade. Voltando pela Rua Ferreira Borges/Visconde da Luz/Praça 8 de Maio, que é principal rua do comércio, cheia de lojinhas e cafés, encontrei o Arco da Almedina de novo, e por aí passei para entrar na Cidade Alta, por suas ladeiras e escadas, passando pela igreja da Sé Velha e chegar até a Universidade de Coimbra. São várias vielas, fofas e antigas, cheias de histórias, com vários restaurantes, que você se perde, mas sempre acaba chegando na mesmo lugar: a Universidade de Coimbra. 

Início ou fim da rua do comércio


 Vielas, escadarias e ladeiras no caminho para a Cidade Alta



Sé de Velha 


                         Largo da Sé Velha


Ah, a Universidade de Coimbra!!!! A Faculdade de Direito, o lugar que mais amei!!! Linda, imponente, cheia de conhecimento, e mesmo nas férias de inverno é possível ver alguns estudantes. Após, andar um pouco por lá, apreciando a Universidade, seus prédios, a vista de Coimbra e do Aqueduto de São Sebastião, desci e voltei para "minha" casa. 

Portão de entrada da Faculdade de Direito

Universidade de Coimbra: Faculdade de Direito






Universidade de Coimbra: demais Faculdades
Aqueduto de São Sebastião

A água de Coimbra é super boa e, segundo minha anfitriã Fátima, pode-se tomar água da torneira sem qualquer problemas. Coimbra é super segura, não vi um mendigo na rua. Por volta das 18h, com dor no coração, porque amei  a cidade e minha anfitriã Fátima, que fez questão de me levar à estação de trem, ops, comboios, parti para Porto. 


Porto

Da Estação Coimbra B até a Estação Porto-Campanha é uma ou duas horas de viagem, dependendo da companhia que o opera o trem, como eu fui de Regional, que era o próximo trem a sair, demorou 2 horas e custou 8,60€: embora no aplicativo da CP e no ticket constava que haveria uma troca de trem, meu comboio foi direto, assim, aconselho a perguntar no trem se este é direto ou não. 

Cheguei em Porto, na Estação Campanha e peguei o metrô para o Bolhão, paguei 0,60€ pelo cartão e 1,20€ a viagem (título), novamente guardem o cartão do metrô (ou métro com se diz lá) porque ele é recarregável; ao contrário de Lisboa não há catraca, mas você tem que validar seu ticket em uns "postezinhos" amarelos/azuis. A primeira vez comprei na bilheteria, depois você recarrega nas máquinas, super fácil, só fiquem atentos para qual zona você vai, pois cada uma é um preço, mas nas máquinas há informações e não se esqueçam de validar o ticket nos pequenos "postezinhos" que ficam na entrada do metrô. O aplicativo "Metro Porto" é bem útil e ajuda muito, se tiver internet baixe-o. O Bolhão fica no Centro Histórico, na Rua de Santa Catarina, a principal rua do comércio com shoppings, lojas de grifes e cafés. Saindo da estação do metrô dei de cara com uma maravilha: a Capela das Almas, com suas fachadas revestidas com mais de 15 mil azulejos pintados. 


















Capela das Almas



Rua de Santa Catarina: Via Catarina Shopping

Minha "casa" ficava a um quarteirão desta rua, aconselho a ficar nesta região, é ótima. Aqui uma outra experiência com o Airbnb, fiquei num flat com 5 quartos e dois banheiros, super bem equipado e decorado, pelas 05 diárias paguei R$ 400,00 (B&B Porto Downtown 4 - Anfitrião Mário - site/aplicativo Airbnb). O Flat é uma graça, mas não temos nenhum contato com o anfitrião, tudo o que precisamos ele nos fala com mensagens via Airbnb, até o código das portas. Todo mundo ficava no seu quarto e ninguém conversava com ninguém. Não tenho do que reclamar, porque o Mario, meu anfitrião, mesmo por mensagens, estava sempre disposto a me ajudar, me respondia na hora; mas achei tudo meio frio, prefiro mil vezes o esquema da minha anfitriã Fátima em Coimbra, pois, com ela pude participar um pouco da vida portuguesa, sem contar o fato dela ser muito muito legal. 

Depois de me acomodar, fui jantar no lindo, famoso e caríssimo Café Majestic, situado na Rua de Santa Catarina, há 3 minutos do "meu" flat. Gastei 30€ (lugar mais caro que comi) por um prato principal, uma taça de vinho e sobremesa de rabanadas, o couvert é cortesia da casa . O Café Majestic é lindo, uma atração turística e as rabanadas que comi foram as melhores da minha vida. Não deixem de ir! 

Café Majestic: fachada





Café Majestic: as melhores rabanadas da minha vida!!!


No dia seguinte, comprei um ticket de dois dias para o Yellow Bus, aqueles ônibus turísticos, de dois andares, que você sobe e desce nas paradas que quiser (esquema "hop on - hop off"). São várias empresas, optei pela Yellow Bus, pois tinha dois trajetos diferentes e eles iam mais longes, pelos dois dias paguei 15€, e acho que compensou.


No primeiro dia, que tive acesso ao Yellow Bus, fui até as praias de Matosinhos, não parei em nenhum ponto, fiz o trajeto inteiro, que demorou, aproximadamente 1 hora, e deu para conhecer bem a cidade do Porto, fora do Centro  Histórico. 













Depois peguei o ônibus que fazia o trajeto menor, passando pelo Centro Histórico, pelos bairros chiques de Porto, pelos monumentos à beira do Douro e sua foz, atravessando o rio e indo até o outro lado, que, embora todos pensem que é Porto, é cidade de Vila Nova de Gaia, onde ficam as Caves de vinho do Porto. Durante este trajeto, também não desci em nenhum ponto, mas vi um lindo lindo por do sol, deu para tirar fotos lindas, mesmo de cima do ônibus. 














Foto tirada de Vila Nova de Gaia

No dia seguinte, fui no Mercado do Bolhão, o "Mercadão" do Porto, com muitas coisas típicas e onde comprei meus vinhos do Porto, achei os preços ótimos (4 a 6€ cada garrafa).

Vista do Mercado do Bolhão
Depois de deixar os vinhos "em casa", peguei o Yellow Bus novamente e fui descendo nos pontos interessantes: 

  • Avenida dos Aliados: tem um enorme boulevard no meio, é rodeada por antigos e belos prédios (inclusive o McDonald's fica num deles); lá que estão as letras que formam a palavra Porto e a Praça da Liberdade com a Estátua de D. Pedro IV (D. Pedro I do Brasil, que amava tanto a cidade do Porto que, após sua morte, fez que questão que seu coração fosse doado a cidade). 




Estátua de D. Pedro IV (D. Pedro I do Brasil)






















  • As Igrejas do Carmo e Dos Carmelitas, separadas apenas um prédio de 1m de largura (repare nas duas janelinhas  e pequena porta que separam as duas igrejas), o interessante é que as duas estavam tendo missa no mesmo horário;













  • A Torre dos Clérigos, onde subi seus quase 300 degraus e para ter uma vista de Porto (entrada: aproximadamente 5€), a subida cansativa, apertada e com muitas voltas, e a vista é normal, achei que não compensou o esforço;  





Vista da Torre dos Clérigos



  • A Livraria Lello e Irmão, uma das livrarias mais antigas e bonitas do mundo: o que a torna mais linda são suas escadas, o gesso e concreto armado imitando madeira, quase tudo o que você vê e acha que é madeira não é; o gesso e o concreto foram pintados com uma perfeição ímpar, uma técnica revolucionária para a época, ainda tive a sorte de presenciar um show típico português, com mulheres, homens e crianças vestidos a caráter, tocando e cantando música portuguesa (entrada 4€, lotado e vale muito a pena, se você comprar um livro eles descontam o valor da entrada); 










  • A Estação São Bento, com seus lindos painéis de azulejos;


















  • A Sé do Porto: da Estação São Bento fui a pé para a Sé do Porto, que também é bem bonita;










Vista da Sé do Porto



  • Ponto D. Luis I: da Sé do Porto fui caminhando e atravessei, a Ponte D. Luis I (que  tem uma vista linda do Douro) e cheguei do outro lado do rio, na Vila Nova de Gaia (cuidado, pois na Ponte também passa o trem). Em cima da Ponte, a vista da cidade do Porto é maravilhosa, desci a pé e fiquei passeando pela rua do cais e pelas ruazinhas de Vila Nova de Gaia, tudo com uma bela vista do Porto;

Vista da Cidade do Porto e seu elevador


Vista da Cidade do Porto


Vila Nova de Gaia: Vista da Cidade do Porto


Vila Nova de Gaia: Ponte D. Luis  I

Em Vila Nova de Gaia, peguei o Yellow Bus e fui até o Forte de São João Baptista da Foz, perto da Foz Velha do Douro, região conhecida por ser uma das zonas mais caras da cidade. 

Forte de São Baptista da Foz

A Foz do Douro é um local privilegiado, onde o Rio Douro encontra o oceano e possibilita lindas paisagens: embelezada com o seu passeio marítimo, bonitas e cosmopolitas esplanadas, bares e jardins, é um local movimentado e maravilhoso para tirar muitas fotos e ver o por do sol. Na volta, como o sol já tinha se posto e o Yellow Bus estava demorando para passar, peguei um ônibus circular normal e voltei para o Centro Histórico.





Foz do Douro: encontro com o mar












O melhor lugar para se ficar no Porto é próximo ao Centro Histórico, pois as estações de metrô são próximas e dá para fazer tudo a pé. Fiquei na Rua de Fernandes Tomás, bem próxima a Estação Bolhão do metrô e a Rua de Santa Catarina, que é a principal rua de comércio. As lojas e shoppings fecham as 21:00h, mesmo no domingo. A noite, os bares e restaurantes começam a encher bem depois das 22:00, como eu estava cansada, não fui em nenhum. 

Amarante e Braga


No dia seguinte, fui de metrô do centro histórico do Porto até o aeroporto para pegar o carro que aluguei e fazer o Vale do Douro e as cidades ao redor do Porto, Aluguei um carro na Sixty, pelo site rentcars.com). O balcão da Sixty fica fechado no aeroporto, mas lá há um aviso que tem uma van do lado de fora te esperando: 02 diárias, carro Up automático, retirada e devolução no aeroporto de Porto, 37,79€; como eu estava sozinha, fiquei com medo e paguei o seguro completo 50€ (mais caro que o aluguel, rsrsrs, só contratei porque estava sozinha, pois no aluguel do carro já estava incluso um seguro com franquia de 960€, e com este seguro que paguei a franquia era zero); também paguei mais 2€ para ativar o Via Verde, o "Sem Parar" português, para passar nos pedágios, INDISPENSÁVEL alugar o carro com este dispositivo, pois muitas das estradas têm pedágios ponto-a-ponto, daqueles que não tem praça de cobrança, só um sensor, e parece que depois você paga os pedágios pelo correios, impossível para nós turistas!!  Nos pedágios (portagens) que têm praça de cobrança, a faixa do Via Verde é sinalizada com um V verde e iluminadas com luzes verdes.

Com o carro, fui direto para a cidade de Amarante, a 61 km de Porto. Na cidade não se tem muito o que fazer, deixei o carro no Mercado Municipal, que não cobra o estacionamento e é bem pertinho do centro, onde dei uma volta: passando pela Igreja de São Gonçalo, atravessei a Ponte de São Gonçalo, fui do lado rio, tirei umas fotos e voltei para pegar meu carro. 


Igreja de São Gonçalo e arredores




Ponte de São Gonçalo

 


 Ponte de São Gonçalo e arredores


De Amarante, fui para Braga, a distância entre as duas cidades é de 69 km. Braga é uma das maiores cidades de Portugal, onde está situada a primeira Sé de Portugal, apelidada de Roma Portuguesa, pelos diversos vestígios arqueológicos (ruínas) que há lá. Em Braga fui direto para a principal atração da cidade que é o Santuário do Bom Jesus do Monte, no alto de uma colina, sendo o segundo ponto de turismo religioso mais visitado de Portugal, perdendo só para Fátima. Tem uma escadaria com mais de 600 degraus, toda trabalhada, separada em patamares, e em cada um deles há diferentes fontes de água, as vistas da cidade e da igreja são lindas e, por tudo isto, a descida e subida não são cansativas, até duvidei que subi e desci 600 degraus, podem ir!!!! 



Vista de Braga












Na cidade me disseram que logo depois do Santuário do Bom Jesus do Monte, bem pertinho, tem o Santuário do Sameiro, que é bonito também, mas como não conhecia, eu não fui # fica a dica. 

Em Braga estacionei o carro em estacionamento na Rua do Matadouro, que cobrava um 1€ a hora, mesmo preço do estacionamento das ruas e fui a pé dar uma volta pela cidade, tudo pertinho. Entrei na Sé de Braga, que é a catedral mais antiga de Portugal (2€ a visita); dei uma volta pelas vielas próximas a Sé; passei pelo Arco da Porta Nova; fui conhecer o Jardim de Santa Bárbara; e depois a Avenida Central, com seu boulevard; fiquei umas duas horas na cidade.


Sé de Braga








Arco da Porta Nova




 Jardim de Santa Bárbara



Avenida Central e Arredores





Por volta das 17:00 peguei o carro e voltei para Porto, que fica a 57 Km de Braga. 

Em Porto estacionei o carro no Shopping de Santa Catarina, que ficava na mesma rua do "meu" flat, fui até o piso 6 e pedi um ticket de 24h de estacionamento (8€). 


Vale do Douro: Miradouro de São Leonardo de Galafura, Pinhão e Lamego


No dia seguinte, por volta das 10:00h, finalmente parti para o lugar mais esperado da minha viagem: o Vale do Douro. Meu primeiro destino foi o Miradouro de São Leonardo de Galafura,  a 113 km de Porto, situado perto da cidade de Peso de Régua, na Estrada N313-1: chegando perto do Mirante, a estrada fica estreita, com curvas, passa por vários vilarejos, vinhedos e, enfim, do alto dos seus 640m de altura tem-se uma vista privilegiada sobre o rio Douro e sua paisagem envolvente. O dia estava nublado, e mesmo assim a vista era deslumbrante: o Douro abaixo, rodeado pelos vinhedos que dominam as colinas que cercam o rio, nos chamados “balcões do Douro”, tombados pela Unesco como Patrimônio da Humanidade; só tinha eu no mirante, tudo muito seguro, aproveitei para ter todo aquele visual só para mim. 

















Do Miradouro segui para Pinhão, a 41 km e 49 minutos de distância; o trecho final é feito pela estrada N222, que foi eleito, em 2015, a World Best Drive Road, melhor estrada para dirigir, com diversas curvas, abertas ou bem fechadas, tendo sempre a companhia do Douro, chamando a atenção a beleza da estrada. 





No caminho para Pinhão, já bem pertinho da cidade, parei na Quinta do Seixo, a produtora do vinho do Porto Sandeman, um dos melhores vinho do Porto; a Quinta é linda, tem uma vista privilegiada do Douro e suas vinhas; me dirigi a recepção e comprei meu ingresso para a visita (10€ a visita clássica, com direito a degustação de dois tipos de vinho do Porto, uma delícia, mas como estava dirigindo não pude degustá-los até o fim); no final da visita comprei vinhos (9,50€ a garrafa, o melhor preço do Sandeman em todo Portugal; no Duty Free do Brasil ele custa 25,00 dólares). 




A guia da Quinta com o traje típico do vinho Sandeman









De lá fui para a pequena Pinhão, que se situa na margem direita do Rio Douro e é considerada o coração do Alto Douro Vinhateiro; é que lá existem muitas das quintas que produzem o vinho do Porto, sendo esta área considerada patrimônio cultural da humanidade pela Unesco. Uma das principais atrações da cidade é a Estação de trem, pequenininha, mas que está entra as mais bonitas de Portugal, foi construída no século 19, é coberta por 25 painéis de azulejos. Depois de conhecer a Estação, dei uma volta a pé pela cidade, como já tinha passado o horário do almoço e era inverno, não achei lugar para almoçar. 










Morrendo de fome, voltei para a estrada N222 com destino a Régua, porém dei uma desviada e fui até Lamego ver o Santuário de Nossa Senhora dos Remédios, entretanto, como já havia conhecido o Santuário do Bom Jesus do Monte, em Braga, fiquei meio decepcionada e fui embora; para quem já conheceu Braga, Lamego pode ser dispensável. 



Vista da cidade em cima do Santuário





Por volta das 16:30, voltei de Lamego a Porto, a 131 km de distância. Embora pudesse ficar com o carro até o dia seguinte, resolvi já passar no aeroporto e devolvê-lo, já que a Sixty estava aberta (fica aberta até a meia-noite), com isto economizei o estacionamento do carro. 

Rodei quase 500 km de carro, gastei 3/4 de tanque e 42€ para enchê-lo, peguei o carro com o tanque cheio e tinha que devolvê-lo assim. Peguei o metrô e voltei para o "meu" flat. 

Dirigir nesta região de Portugal foi bem tranquilo, as estradas são ótimas e seguras, o único ponto negativo é que, com exceção das pequenas estradas, os pedágios pipocam, tive a impressão de ter um a cada 15 km (custavam entre 0,50€ e 1,50€, ainda não sei quanto gastei porque vai ser cobrado no meu cartão de crédito). Em toda a minha viagem usei o Google Maps, pois já que tinha internet não precisei alugar o carro com GPS; o Google Maps funcionou perfeitamente bem, em todos os momentos, inclusive nos lugares mais isolados, podem confiar. 


Lisboa

No dia seguinte, de metrô fui para a Estação de Trem Campanha, peguei, por volta das 11:00, o trem de Porto para Lisboa (24,30€), há trem a cada 50 minutos, por isto não precisa se desesperar; a viagem, que é super confortável, dura entre 2:45h e 3:08h, depende da companhia que opera o trem. Em Lisboa pode-se descer na Estação Oriente ou na Estação Santa Apolonia, ambas têm metrô, escolhi descer na Santa Apolonia, porque tinha a Linha Azul do Metrô, que é a linha de metrô principal e a que eu precisava para ir para meu hotel, então não precisaria trocar de metrô. 

Em Lisboa fiquei no Londrina Lisbon Bed & Breakfast (Rua Castilho n. 61, londrina@netcabo.pt), por 04 diárias paguei 139€, pelo site Booking.com, mas direto com os proprietários é mais barato. O Hotel, ou B&B,  oferece café da manhã, tem banheiros, TV e ar condicionado em todos os quartos, as camas são decoradas com os típicos azulejos portugueses, é um hotel familiar que os donos te tratam como se você estivesse em casa. O local é super aconchegante e bem localizado, no centro comercial da cidade, a 300m da Praça Marquês de Pombal, onde tem o metrô da linha azul e amarela (as principais linhas de metrô de Lisboa), e de onde começa a Avenida Liberdade (uma das Avenidas mais caras do mundo, que termina no Centro Histórico). Amei o hotel, as pessoas, o local, recomendo muito mesmo.

Hotel Londrina Lisbons B&B: todas suas camas são decoradas com os típicos azulejos portugueses




Praça Marquês de Pombal e arredores







Avenida Liberdade



No primeiro dia em Lisboa, desci a pé pela Avenida da Liberdade (cheia de lojas caras) até o Centro Histórico, que engloba o Bairro Alto, Rossio, Baixo Chiado, tudo lindo, cheio de restaurantes, lojinhas, monumentos




Centro Histórico 







O Centro Histórico termina na Praça do Comércio, que fica entre o Terreiro do Paço e o Cais de Sodré, estes dois últimos de frente para o Rio Tejo, onde todo entardecer as pessoas se reúnem, para beber vinho, ouvir música e ver o por do sol, todos os dias eu ia lá passear, amei esta região da cidade. 




Rio Tejo: região da Praça do Comércio e Terreiro do Paço


Rio Tejo: região da Praça do Comércio e Terreiro do Paço






Praça do Comércio

Praça do Comércio






Praça do Comércio


A locomoção em Lisboa é fácil: a pé, de metrô ou bonde. A passagem do metrô custava entre 1,50 e 1,90€, dependendo da região, mas eu comprava o ticket de 24h (24h a partir do momento que você passa na catraca), custa 6€ e você pode ir a qualquer região, andar de metrô, ônibus e elétricos (bondes), só tem um detalhe: para sair do metrô você precisa apresentar o ticket, então você tem que sair do metrô antes de vencer as 24h, senão a catraca não abre e você terá que procurar um funcionário para abrir.

No centro histórico, além da Praça do Comércio, ainda tem-se:


  • Elevador de Santa Justa, que é lindo e super antigo, só tem que ter um pouco de paciência na fila, uns 30 minutos, mas vale a pena; quem tem o ticket de metrô 24h não paga nada para subir e apenas 1,50€ para ter acesso ao mirante, quem não tem paga 5,50€; 






Vista do Elevador de Santa Justa



  • Ruínas do Carmo; 




  •  Mercado da Ribeira, uma espécie de mercadão com vários restaurantes e ao centro mesas grandes para se sentar e comer;





  • Elétrico 28 (E28): próximo da Praça do Município se pega o E28, que é o bonde mais famoso de Lisboa, levando os passageiros por uma viagem de 40 minutos ladeira acima (ou abaixo) por bairros antigos como Graça, Alfama e Baixa, passando pela Sé de Lisboa e o Castelo de São Jorge; por ser um bonde pequeno, antigo e lotado de gente, é o único lugar em todo Portugal que se deve ter cuidado com carteiras e celulares;




O famoso bonde E28

Vista da Sé de Lisboa









  • Castelo de São Jorge que é um dos principais pontos turísticos de Lisboa, um castelo medieval com uma linda vista de Lisboa, custa algo em torno de 10€, mas vale a pena.  






Castelo de São Jorge: Vista de Lisboa

Reserve meio dia, pelo menos, para ir para Belém, que é um bairro afastado de Lisboa. A melhor maneira para se chegar a Belém é pegar o Elétrico 15 (E15), é um bonde moderno com vários vagões, que sai da Praça da Figueira, no Centro Histórico; o trajeto dura uns 30 minutos e o ticket de metrô diário serve para ele - aqui vai uma dica muito importante, não compre os tickets de bonde dentro deles, custam o dobro do preço, em Belém tem um quiosque de revistas e jornais, ao lado do ponto de volta do  E15, que vende o ticket pelo preço normal

Bonde E15 chegando em Belém, parada ao lado do Mosteiro dos Jerónimos


Na chegada em Belém, o E15 pára ao lado do Mosteiro dos Jerónimos e dos famosos pastéis. Os dois lugares imperdíveis para se visitar são: o Mosteiro dos Jerónimos (10€) e a Torre de Belém (8€), comprando as duas visitas juntas, na bilheteria do Mosteiro, sai por 12€, compensa muito, porque ambos os lugares são maravilhosos. 



Mosteiro dos Jerónimos: Fachada



Mosteiro dos Jerónimos: Claustros internos



Torre de Belém




Do Mosteiro à Torre são aproximadamente 2km, mas o caminho passa por lugares belíssimos com a Doca de Belém e uma Marina, que se pode ver enormes águas-vivas (eu acho que é água-viva, não entendo muito de bicho marinho rsrssrs), tudo fazendo valer a pena a caminhada, além de não ser nada cansativa. 


Caminho para a Torre de Belém: Vista do Mosteiro


Doca de Belém: Monumento dos Descobrimentos
 

                                                                         Marina e "água-viva"



Na volta, é obrigatória a parada na Antiga Fábrica de Pastéis de Belém, o único lugar que pode vender os pastéis de nata com o nome Pastel de Belém, o lugar parece pequeno, e todo mundo pede no balcão, mas se você for entrando verá que é enorme e você pode fazer os pedidos para os garçons e deliciar tranquilamente estes maravilhosos doces (2€ cada), nem tente comê-los em outra pastelaria, são incomparáveis! 




Depois é só pegar o E15, cujo ponto de volta fica em frente aos Pasteis de Belém, e voltar para Lisboa. 

A noite em Lisboa acontece no Bairro Alto. Saindo da Praça Luís de Camões há várias vielas cheias de restaurantes e bares, estes últimos são umas portinhas, que dentro só tem um balcão para pedir bebidas e tomá-las nas ruas, que ficam lotadas de gente, bebendo e pouco se importando com o frio. Os locais, para variar, são bens seguros, pode andar a vontade pelo Bairro Alto e pedir uns drinques (caipirinha 3€), não deixem de tomar a Ginja/Ginjinha/Ginja de Óbidos, a bebida típica, um licor de cereja, delicioso, servido no copinho de chocolate (1,50€). 







O melhor bolinho (pastel) de bacalhau de Lisboa e de Portugal é o da Casa Portuguesa do Pastel de Bacalhau, na Rua Augusta no Baixo Chiado; no Museu da Cerveja, um restaurante bem bonito na Praça do Comércio, também vende o bolinho de bacalhau da Casa Portuguesa do Pastel do Bacalhau; estes bolinhos vêm recheados com um queijo maravilhoso e nada melhor para acompanhá-los um vinho do Porto ou uma Ginja, eu provei com os dois. 


                   Casa Portuguesa do Pastel de Bacalhau

Museu da Cerveja: onde também se pode comer os bolinhos da Casa Portuguesa do Pastel do Bacalhau

Um ótimo lugar para se comprar azeites e vinhos é o supermercado do El Corte Inglés, que é uma loja de departamentos espanhola só de marcas caras, mas o supermercado é bom de preço e produtos, fora isto, é impossível compra algo lá; o El Corte Inglés fica, praticamente dentro da estação de metrô São Sebastião. 

El Corte Inglés e região


Reserve dois dias de Lisboa para conhecer as cidades belíssimas de Sintra e Cascais, se tiver mais tempo vá até Évora e Óbidos (pena que eu não tive tempo de ir). 

Quando for a Sintra e Cascais compre o ticket de metrô de 10,00€, que além de durarem 24h, te dão direito a ir de trem para estas duas cidades.


Sintra

O trem para Sintra sai da Estação do Rossio a cada 10 minutos e a viagem leva aproximadamente 40 minutos, para quem não tem o ticket do metrô de 24h com direito a Sintra, a passagem custa 2,20€; o mesmo vale para a viagem de volta, porém o intervalo de trens para Lisboa é a cada 40 minutos. Aqui vai uma dica: a estação de metrô que dá acesso a Estação do Rossio é a estação Restauradores da linha azul e NÃO a estação Rossio da linha verde

Em Sintra, saindo da estação de trem, a direita, tem o ponto do ônibus 434, que faz o Circuito da Pena (Castelo dos Mouros e Palácio da Pena), custa 5€ (hop on - hop off: desce e sobe quantas vezes quiser) e você compra direto com o motorista. 

Ao lado deste ponto de ônibus, na mesma calçada,  tem o local de venda de entradas dos Palácios, compensa comprar lá para não pegar fila e poder comprar combos (tickets, dos pontos que se quer visitar,  comprá-los juntos sai mais barato). 

Sintra é cheia de castelos e palácios, os dois mais lindos e imperdíveis (os únicos que visitei) são o Castelo dos Mouros e o Palácio da Pena, o tickets dos dois, comprados juntos, sai por 17€. 

Três recomendações: qualquer que seja a época do ano, leve blusa, pois Sintra tem um microclima próprio; no Castelo dos Mouros e Palácio da Pena o vento é muito forte; para quem for de carro fazer este circuito, cuidado com a estrada, pois ela é cheia de curvas fechadas, desfiladeiros, muito estreita, em alguns lugares só passa um carro por vez e você não tem visibilidade de quem vem no sentido contrário, não recomendo, melhor subir com o ônibus.

Tanto ônibus quanto carros te deixam na estrada, daí você tem que andar pelas ruínas até chegar no Castelo dos Mouros, que é lindo, maravilhoso. 







 Castelos dos Mouros



A próxima parada do ônibus 434 é o Palácio da Pena. O ônibus 434 passa a cada 15 minutos, eu fui andando porque não quis esperá-lo, e a parada da Palácio da Pena é só 400 m de distância da parada dos Castelo dos Mouros. 


Chegando na Palácio da Pena, você ainda tem que subir um montão para ter acesso a ele, eu não aguentei e paguei o transfer do Palácio (3€ ida com volta), não me arrependi, porque a subida era íngreme. O Palácio da Pena é igualmente lindo, só que ao invés de ruínas, é um Palácio todo decorado, exibindo o mobiliário da época. 



Palácio da Pena






Palácio da Pena



Palácio de Pena: interior todo decorado, original da época





Após esta visita, peguei de volta o ônibus 434 e voltei para a cidade, desci no centro histórico e por lá fiquei passeando por suas vielas fofas e fui comer o famoso doce de Sintra: Travesseiro, vendido na famosa pastelaria (doceira) Periquita; existem duas pastelarias Periquitas, eu fui na mais tradicional que é a do centro. O tal Travesseiro é um doce de massa folheada com amêndoas, bom, mas um pouco doce demais, porém é inconcebível ir a Sintra e não comer o Travesseiro na Periquita, piadas a parte rsrsrs, mas é verdade.






Vielas do Centro Histórico de Sintra

Travesseiro: o tradicional doce de Sintra


Depois disto, ali no centro perto do Palácio Nacional de Sintra, peguei o outro ônibus turístico que faz o Circuito Villa Express 4 Palácios: ônibus 435, custa 2,50€, mesmo esquema hop on - hop off. Não desci em nenhuma parada, apenas fiz o circuito inteiro para ver os demais Palácios e pontos turísticos, mas nenhum que valesse tanto a visita como o Castelo dos Mouros e Palácio da Pena; desci no ponto final, a Estação de Trem e voltei a Lisboa. Cheguei em Sintra por volta das 11:30h e saí às 16:45h, deu para visitar bem. 



Palácio Nacional de Sintra







Ponto do ônibus 434 e 435 próximo ao Palácio Nacional de Sintra



Cascais

No dia seguinte fui para Cascais, no litoral. O trem para Cascais sai, a cada 40 minutos, da Estação Cais do Sodre (esta sim fica na estação de metrô de mesmo nome, linha verde), a vigem leva aproximadamente 40 minutos: para quem não tem o ticket do metrô de 24h com direito a Cascais, a passagem custa 2,20€; o mesmo vale para a viagem de volta. 

Chegando em Cascais fui direto para o Cabo da Roca (que também dar para ir de Sintra, mas de Cascais parece mais perto). Saindo da Estação de Trem, você verá um shopping, embaixo deste shopping fica a Rodoviária, lá pegue o Ônibus 403, com destino a Sintra, que é o único que pára no Cabo da Roca (tem que ser este o Ônibus 403): o ônibus sai a cada 45 minutos, custa 3€ cada trajeto, e a viagem dura uns 30 minutos com uma paisagem deslumbrante. 

O Cabo da Roca é o ponto mais ocidental da Europa, foi o lugar mais lindo que fui em Portugal, o silêncio era quebrado apenas pela fúria do mar e pelo barulho dos ventos fortes, AMEI. O local tem uma lojinha, café, restaurante e banheiro (custo do banheiro 0,50€). As pessoas parecem não ter medo dos penhascos, se arriscam para chegar nos lugares mais íngremes, fiquei sabendo que já houve acidentes, por isto não arrisquei, andei pelos locais que considerava seguro. 45 minutos é tempo suficiente para conhecer o local e ainda pegar o próximo ônibus de volta a Cascais, mais 3€ a volta. 




Cabo da Roca



Cabo da Roca


Cabo da Roca


De volta a cidade desci na Rodoviária, atravessei a rua e peguei o Ônibus 427 para a Boca do Inferno, uma formação rochosa na praia de Cascais: preço da passagem de ônibus - 1€ cada trajeto.


Boca do Inferno



Da Boca do Inferno voltei andando até o Centro Histórico de Cascais, uma caminhada de 2km pelo calçadão a beira-mar, passando por lugares tão lindos, hotéis chiques, palmeiras, que você nem sente a distância, vale a pena este pequeno esforço físico.
 











No Centro Histórico sentei para comer e foi onde eu comi o melhor bacalhau de Portugal (com muito azeite, alho e batatas a murro - aquelas batatas cozidas que eles dão literalmente um murro para amassá-las), aliás em Portugal só pedia bacalhau para comer. 



Bacalhau com batatas a murro 



Cascais: Centro Histórico


Depois disto, fui a pé até a Estação de Trem, que é pertinho, e voltei a Lisboa. Assim como em Sintra, cheguei em Cascais às 11:30h e saí de lá às 16:30h e foi tempo suficiente. 


Dicas de Portugal 

Enfim, agora alguma dicas extras de Portugal: 

Em nenhum lugar pedem gorjetas, os garçons não ficam bravos se você não as dá, eles nem esperam por isto e quando você arredonda o valor para maior, eles ficam muito gratos.  

Em todo, todo metrô há elevadores, se estiverem com bagagem grande é só procurar os elevadores, às vezes eles ficam escondidos, mas eles existem, é só procurar e seguir as placas com desenho de elevador. 

Os trens (comboios) são bem pontuais e todo mundo respeita o vagão (carruagem/viatura) e o lugar marcado; se você sentar no lugar errado eles vão pedir para você ir para o seu. 

A internet e os aplicativos de trem, metrôs, ônibus foram indispensáveis para mim que estava viajando sozinha. Salve o Google Maps, que eu usava em todos meus trajetos, a pé ou de carro!!! 

A voltagem é 220v e a tomada é aquela simples de dois pinos redondos. 

Portugal tem muuuuuuitas ladeiras e escadarias, nunca vi um lugar para ter tantas escadas, então fique atento quem tiver alguma dificuldade física ou for viajar com crianças. Não fui em um restaurante, bar, loja que o banheiro ficasse no mesmo nível, em todos os lugares tinham escadas. Mas isto é só um detalhe para um país maravilhoso, vi muita gente viajando com bebês e carrinhos.

Em janeiro é inverno em Portugal, à exceção de um único dia nublado, todos os outros fizeram sol, que por sinal, só nasce as 8:00h e já se põe as 17:30h, sendo que as 16:30h já começa a escurecer, aliás o sol nunca fica a pino, parece que sempre está se pondo. A temperatura fica em volta dos 15 graus, como nos dias frios em São Paulo, a diferença é que lá todo mundo usa casacão e bota e a gente não sente frio. Podem ir no inverno sem medo!!!!

Comidas Típicas: bacalhau, francesinha (um tipo de X-Tudo, com pão de fôrma, um ovo em cima, tudo banhado no molho de tomate com cerveja, uma delicia), castanha assadas vendidas da rua. Doces: pastel de  nata ou de Belém (se for comido em Belém); travesseiro em Sintra. Bebida: Ginja (licor de cereja). 


Francesinha


Castanhas assadas vendidas na rua: 2€ a dúzia ou 1€ 1/2 dúzia, eu pedi 1/2 dúzia e foi de bom tamanho

Ginja (licor de cereja) servida no copinho de chocolate: 1,50€


Meu roteiro:

1. Dia: SP (avião) Lisboa (trem) Coimbra
2. Dia: Coimbra (ônibus) Fátima (ônibus) Coimbra
3. Dia: Coimbra (trem) Porto
4. Dia: Porto
5. Dia: Porto
6. Dia: Porto (carro) Amarante (carro) Braga (carro) Porto
7. Dia: Porto (carro) Miradouro S. Leonardo de Galafura (carro) Pinhão (carro) Lamego (carro) Porto
8. Dia: Porto (trem) Lisboa
9. Dia: Lisboa (bonde) Belém
10. Dia: Lisboa (trem) Sintra (trem) Lisboa
11. Dia: Lisboa (trem) Cascais (trem) Lisboa
12. Dia: Lisboa (avião) SP

Minha viagem foi bem tranquila, sem correrias, acordava umas 9:30, e saia para passear por volta das 10:30h/11:00h, todos os dias, inclusive nos dias que ia para as outras cidades; mesmo saindo este horário dava conhecer bem os lugares; às 17:00h ja estava de volta. 

Achei que poderia ter ficado menos tempo em Porto e ficado mais dias em Lisboa, para conhecer seus arredores, como Évora e Óbidos. Aqui fica uma sugestão: para quem tiver pouco tempo, pode-se ficar dois dias inteiros em Porto: um para conhecer a cidade e Vila Nova de Gaia, e no outro, saindo cedo, dá para ir para Braga, Miradouro S. Leonardo de Galafura, Quinta do Seixo e  Pinhão, estes foram os lugares que mais gostei nos arredores do Porto. Entretanto, lembre-se, se for no inverno, não adianta sair cedo, primeiro porque o sol só nasce às 8:00h, segundo porque tem névoa e o sol só fica "forte" umas 10:00h. 

Enfim, está foi minha viagem a Portugal, um país que nunca me interessou muito, mas que me encantou pela beleza, educação, limpeza, história, modernidade, cultura, tradição. Amei, amei, amei Quero voltar e logo. 



E quanto a viajar sozinha, foi uma experiência e tanto, a gente pensa bastante na vida e volta renovada!