domingo, 30 de julho de 2017

Turquia sem preconceitos: linda e receptiva - by Dani


Em 10 de junho de 2017, sob protestos e críticas da família e dos amigos, embarcamos para a Turquia: eu (Dani), duas amigas (Lê e Maria Angélica), minha irmã (Carol) e meu cunhado (Marcos).

As críticas diziam que a Turquia era um país perigoso, com atentados, machista e sujo ... graças a Deus não demos ouvidos elas, porque encontramos um país super seguro, limpíssimo, simpático e lindo.  Acreditem, podem ir sem problemas!!!! 

Fomos para Istambul pela companhia aérea Royal Air Maroc, o preço compensava muito. São aproximadamente 9 horas até Casablanca e 4:30h de lá até Istambul. Vou falar da Royal Air Maroc em um post especial para ela, mas já aviso que, pelo preço, vale a pena!! 

Roteiro


Nosso roteiro inicial era São Paulo - Casablanca - Istambul (via Royal Air Maroc) - Kaysery (Capadócia, via voo interno Turkish Airlines). 

Entretanto, a Royal Air Maroc mudou nosso voo, antecipando em um dia nossa viagem e, por isto, antes de irmos para a Capadócia, tivemos que dormir uma noite em Istambul. 

Então, nosso roteiro ficou assim:

10/06 Saída SP 23:15h
11/06 Casablanca - Istambul 
11 a 12/06 - Istambul 
12 a 16/06 - Göreme (Capadócia)
16 a 20/06 - Marmaris (Riviera Turca)
20 a 23/06 - Istambul 
23 a 24/06 - Casablanca (conexão 13 horas)
24/06 - Chegada SP 

Os trechos internos - Göreme (Aeroporto Kayseri) - Marmaris (Aeroporto Dallaman/Mugla) fizemos de avião, com a Turkish Airlines. Os bilhetes Istambul-Kayseri, Kayseri-Istambul-Dallaman, Dallaman-Istambul, compramos direto no site da Turkish, e tudo ficou, saindo e chegando do aeroporto de Attaturk, em torno de R$ 750,00 por pessoa, só isto mesmo, barato, né?

Além de ser barata e rápida, a Turkish Airlines é uma das melhores companhias que já viajei: os aviões são ótimos, dão um lanche reforçado em qualquer voo de 1 hora, os comissários são muito simpáticos e a maioria dos aviões têm TV individual, com filmes ótimos, mas levem seu próprio fone de ouvido, pois isto eles não oferecem em voo interno, vai entender!!!!


Istambul 


Troca de Moedas

Chegamos em Istambul por volta das 18:30h, pegamos nossas malas e na área de desembarque já trocamos nossos euros. 

Um dos melhores lugares para se trocar dinheiro é no aeroporto mesmo, numa Casa de Câmbio chamada Change. A cotação de 1 Euro estava entre 3,84 a 3,88 Liras Turcas (nos hotéis e nos serviços de transfer 1 Euro é igual a 4 Liras); a taxa de serviço de câmbio varia entre 2,50 a 4,1%, como estávamos em grupo, conseguimos negociar em 2,50%. Na cidade, muitas Casas de Câmbio não cobravam esta taxa.

Compramos Euro para levar, pois não achamos Lira Turca no Brasil. Não compensa trocar Real lá, eles pagam muito pouco, menos que 1 Lira, e na cotação oficial nosso Real vale mais, aproximadamente 1,15 Liras Turcas, pelo menos, até junho de 2017 era assim. Pagamos os hotéis em Euro, pois a conversão deles para a Lira era ruim, então perdíamos menos; mesmo que voltassem o troco em Liras Turcas, ainda assim compensava. 


Internet 

Na área de desembarque, fomos, também, procurar um chip para Internet, pois, como já disse, nossa família estava preocupada e é muito bom ter o Google e o Google Maps ativo para pesquisa de pontos de interesse. Desde minha viagem para Portugal faço questão de internet por causa do Google. 

Compramos chip da Turkcell: 5 GB + 500 min ligação local foram 110 Liras; diziam que pegava 4,5G, mas a maioria das vezes ficou em LTE (descobrimos que o LTE deles é o nosso 4G, funcionou muito bem, em todos os lugares, inclusive na Capadócia e no voo de balão). Ficamos com número turco, podíamos receber ligações do Brasil e realizar ligações locais; mas nosso WhatsApp fica com o mesmo número do Brasil.

Havia também a Vodafone, que era mais cara8GB por 230 Liras; e a  Turk Telekom - 5GB por 90 Liras. 

Aqui ficam duas dicas: a primeira é que é importante ter um número de telefone ativo, qualquer emergência você tem como telefonar, por isto, como a diferença é pequena, não compre só o chip de dados, compre de dados e voz (ligação e internet); a segunda é que 5GB está de bom tamanho, usei internet para caramba, fiz ligações via WhatsApp, mandei e recebi milhares de fotos e vídeos, um dia até compartilhei minha internet com minha irmã e cunhado, e, no final, só utilizei somente 2,5 GB, ou seja, a metade do meu pacote. 


Transfer para hotel

Os táxis são caros em Istambul e como estávamos em grupo de 5 pessoas, fechamos uma minivan para nos levar do aerporto até o hotel e vice-versa.

Há este serviço em toda área de desembarque, mas pesquise bastante, pechinche, afinal você está em Istambul! O preço começou em 40 euros e acabamos fechando por 25 euros,  fazendo a conversão ficou em 100 Liras (20 Liras por pessoa). 

Nos hotéis, os transfers para o aeroporto de Attaturk (aeroporto principal e internacional) eram os mesmos 25 euros; para o outro aeroporto de Istambul era 70 euros, este aeroporto fica a uns 50 km de Istambul e tem bastante voos internos saindo de lá (nós fechamos todos os voos saindo de Attatuk). 


Hotéis em Istambul

Na primeira noite, ficamos no Aldem Hotel, pois só iriamos dormir uma noite, já que nosso voo adiantou. Um hotelzinho super bem localizado, aconchegante e barato. A diária de um quarto duplo foi 26,50 Euros, com café da manhã, ou seja, 13,25 Euros por pessoa!!!! O quarto da minha irmã dava para a rua, por isto era um pouco barulhento, não tinha toalhas e o cesto de lixo tinha cigarro, reclamos e resolveram. No nosso quarto não tivemos problema algum.  Acho que para uma estadia curta, ou para quem não quer gastar muito, o custo-benefício do hotel é ótimo. 

Os outros três dias em Istambul, no final de nossa viagem, ficamos no Antusa Spa Hotel, igualmente muito bem localizado, ao lado do Aldem Hotel. Pagamos 225 Euros por três diárias em um quarto triplo: 75 Euros por pessoa. Nosso quarto triplo eram dois quartos conjugados: um com duas camas de solteiro e banheiro e outro com uma cama de casal e banheiro também. O hotel era excelente, os quartos amplos e limpos, café da manhã ótimo, restaurante e bar bons e funcionários super simpáticos. Amamos e recomendo. 

Em Istambul, os hotéis têm restaurante com mesas nas ruas, assim como todos os outros restaurantes, e os hóspedes têm 10% de desconto. 

O bairro, de ambos os hotéis que ficamos, é a grande Fatih, que engloba a Sultanahmet (Mesquita Azul), situado no coração da cidades. Recomendo muito este lugar, é onde estão as principais atrações turísticas de Istambul e, com boa vontade dá para fazer tudo a pé.  

Nossos hotéis ficavam a 5 minutos, a pé, da Mesquita Azul e Hagia Sophia (Santa Sofia) e 10 minutos do Gran Bazar e Palácio de Topkapi, e pertíssimo de várias estações do Tram 1, que a principal linha de bonde/metrô de Istambul. 



Transporte 

Usamos somente o Tram 1, uma espécie de metrô de superfície, porém com a mesma velocidade de um bonde. É o Tram 1 que te leva para, praticamente, todos os pontos turísticos de Istambul. 


Tram 1: Estações
Compramos, com a ajuda de um funcionário, um cartão recarregável,  que custou 10 Liras e o mesmo cartão podia ser usado por todos nós.


Cartão recarregável do Tram
As máquinas de compra e recarga de cartão ficam do lado de fora das estações, logo na entrada ou bem ao lado. Para recarregar basta colocar o cartão no local determinado e uma nota de dinheiro e a carga é automática. Não sei se a máquina dá troco, então recarregávamos sempre com uma nota de 20 Liras. Cada vez que você usa o cartão, aparece quanto você ainda tem de crédito. Cada passagem custava umas 2,30 Liras por pessoa. 


Pontos Turísticos 

Mesquita Azul ou Sultanahmet: linda, imponente, maravilhosa. A entrada para visitantes é separada dos que vão rezar, em sua maioria turcos. As mulheres precisam se cobrir para entrar, eles emprestam uma roupa própria para nós, de graça. Todos têm que tirar os sapatos logo na entrada e só podemos voltar a colocá-los ao sairmos. Por favor, respeitem o local sagrado deles, é um lugar de oração. Não tirem, em hipótese alguma a roupa, nem mesmo o pano que cobre a cabeça: uma moça fez isto e tomou uma bronca fenomenal, apareceram uns três homens para xingá-la. Vale a pena ir a noite também para ver a iluminação do local também. Fomos no mês do Ramadã, então a Mesquita Azul esta cheia durante o dia, e lotada a noite, bonito de ver tanta fé. Entre a Mesquita Azul e Santa Sofia há um pequeno parque com mesas e cadeiras, as pessoas usavam para jantar depois que acabava o jejum do Ramadã. 




Parque que liga Mesquita Azul e Santa Sofia


Feira de artesanato na Mesquita Azul

Hagia Sophia ou Basílica de Santa Sofia: saindo da Mesquita Azul, atravessando um jardim belíssimo (parque) chega-se na Santa Sofia, uma antiga Igreja Católica, transformada em museu e hoje  um ponto histórico importante. Paga-se 40 Liras para entrar, acho que, para quem tem tempo, é indispensável e vale a pena. O lugar é grandioso, entretanto nos encantamos mais com a Mesquita Azul, talvez por ser algo tão diferente da nossa cultura. 









Cisterna: saindo da Basílica , atravessando a rua, tem-se as Cisternas da Basílica, que eram  galerias e túneis que serviram para armazenar a água da cidade na época do Império Bizantino e que se tornaram uma das atrações mais conhecidas de Istambul.  Paga-se 20 Liras para entrar e vale muuuuito a pena. Parecem thermas subterrâneas, cheia de pilares, pena que as cisternas estavam sem água, mas ainda assim é muito legal. Atentem-se para as bases dos últimos pilares, os Pilares da Medusa, são as únicas bases com esculturas da Medusa, mas as colocaram de cabeça para baixo. Os motivos pelos quais as medusas foram usadas para sustentar essas duas colunas e por que elas estão posicionadas dessa forma permanecem desconhecidos: uns dizem  que era para manter maus espíritos e energias longe dali; outros afirmam que na verdade elas foram reaproveitadas de uma construção do Império Romano. Ah, lá embaixo a temperatura é mais baixa, então, se você é daqueles que sente muito frio, melhor levar um casaquinho.







Palácio Topkapi: fica ao lado do Museu Arqueológico, próximo a Estação Sultanahmet do Tram 1. Paga-se 40 Liras para entrar e mais 25 Liras para ter acesso ao Harém, um total de 65 Liras. O Palácio de Topkapı, que significa "porta do canhão" foi a residência dos sultões por três séculos. O lugar é enorme, cheio de azulejos pintados à mão, muito ouro e uns jardins lindos. O passeio cansa um pouco, porque o lugar é grande, mas é lindo. O Harém deixa a desejar, talvez porque algumas partes estavam em restauração. De qualquer jeito, achamos um absurdo cobrar para entrar no Harém do Sultão, já que ele faz parte do Palácio. Como nunca tínhamos visto um Harém antes, pagamos para entrar e só por isto valeu a pena. 







Harém do Sultão










 

Gran Bazar: o que dizer do Gran Bazar .... é menor do que eu imaginava, e este lance de se perder no Gran Bazar pra mim não procede; parece o Mercadão de São Paulo, com mais lojas, que são minúsculas. O lugar é bem bonito e organizado, até achei que estava vazio. Falavam tanto que era muvucado, eu não achei. Vale a pena só para conhecer, porque para comprar, além de ser caríssimo, é um saco: as pessoas ficam em cima de você, te abordando, não te deixam simplesmente olhar; se você quiser comprar algo tem que pechinchar muito para chegar num preço justo, isto cansa! Eu sei que a cultura de Istambul, mas não gostei desta história de pechinchar. Você perde muito tempo nisto. Ninguém gostou, apesar de bonito e diferente, o Gran Bazar foi uma decepção. Compramos tudo nas lojas das ruas. De qualquer jeito, você TEM conhecer!!!







Bazar das Especiarias ou Bazar Egípcio: fica na  Estação Eminönü. É um  "Gran Bazar" menor, onde a maioria das lojas são de especiarias, mas há outras também. Achei o preço melhor que o do Gran Bazar. Próximo ao Bazar das Especiarias há um rua cheia de comércio, mas tudo do estilo da 25 de Março. 






Ponte de Gálata: da Estação Eminönü, atravessamos a Ponte de Gálata, que é uma ponte turística, cheia de restaurantes embaixo e de onde se tem uma vista privilegiada de Istambul e da Mesquita Azul. Não se enganem, do outro lado da ponte, ainda é Europa e não Ásia. 




Ponte de Gálata: vista da Mesquita Azul




Palácio Dolmabahce: do outro lado da ponte de Gálata, na Estação Kabatas do Tram 1 fica o Dolmabahce. É um palácio super bonito, mas,  infelizmente, não  conseguimos entrar, porque fomos numa segunda-feira e ele não abre as segundas. Uma pena, porque parece ser bem bonito por dentro também.  Os arredores dele é cheio de jardins e aproveitamos para descansar e tomar um café. No passeio do Bósforo você consegue vê-lo bem, e é enorme.



Estádio  e Café ao redor do Palácio

Passeio de 6h pelo Bósforo: FURADA. O Porto de saída dos barcos é na Estação Eminönü do Tram 1. Comprem os tickets direto nos guichês, é mais barato; há várias pessoas vendendo ao redor, mas eles cobram o dobro do preço. O passeio de 6 horas, direto no guichê, custa 25 Liras por pessoa, e só tem uma vez ao dia, às 10:35h. O barco é um catamarã enorme e quase não balança. Durante o trajeto pudemos ver vários golfinhos, isto foi legal. No mais, ficamos 1:30h navegando pelo Bósforo, passando pelos principais pontos turísticos de Istambul, onde pudemos ver a grandiosidade do Palácio Dolmabahce. Depois, o barco pára por 3 horas em um vilarejo (Anadolu Kavagi), que fica na parte asiática de Istambul: este lugar cheira peixe, não tem nada para fazer, a não ser se matar de tanto subir uma ladeira mega íngreme, uns dois quilômetros, para ver, por fora, as ruínas do Castelo Yoros Kalesi (que está fechado e abandonado) e ter a vista para o Mar Negro. Depois mais 1:30h de navegação até Istambul. Chato, só vale a pena se você quiser colocar o pezinho na Ásia, o que não será necessário se você for para a Capadócia, já que esta região fica na Ásia. Se realmente quiser fazer o Passeio do Bósforo faça o de 2 horas, que passa nos lugares turísticos e não pára em lugar algum. 







Vista do Mar Negro

Banho Turco ou Sultan Hammam: há vários lugares para se fazer o Banho Turco, em todo lugar eles te oferecerem. O nosso hotel tinha também, mas preferimos fazer no Spa do Hotel Hagia Sophia, um lugar top. O banho mais caro, com sauna, massagem, pielling custava 95 Euros, como estávamos em quatro e em Istambul pechinchamos e o preço do banho saiu pelo preço do banho simples, ou seja, 55 Euros por pessoa. Fomos de biquíni, mas não precisa, lá eles te dão uma roupa. Primeiro vamos para a sala de sal, depois sauna molhada e seca, depois para o pielling esfoliante. Após o pielling no corpo inteiro, um saco de pano encharcado com líquido maravilhoso é torcido em cima de você, o que faz uma espuma macia que envolve todo o seu corpo, uma delicia. Depois te enxaguam e você é levada para a sala de massagem. Os homens são separados das mulheres e nossos banhos foram "dados" por mulheres, tudo muito muito profissional. Foram quase três horas de Banho Turco, entramos às 21h e saímos quase meia-noite (o lugar funciona até a 1:00h da manhã). Foi demais, revigorante, relaxante, maravilhoso, valeu cada centavo, ainda que tivéssemos pago 95 Euros, valeria!!!!






Avenida İstiklal: é a avenida mais famosas de Istambul, situada no coração do distrito histórico de Beyoglu, é muito popular tanto para os turistas como para os locais,  lotada de gente. Esta avenida, enorme, é onde ficam o Hard Rock Cafe, as lojas famosas (H & M, Sephora, Zara etc), além de outras lojas, vários cafés e muitas docerias turcas ( é lá que tem os melhores doces turcos de Istambul, nem se compara com os vendidos no resto da cidade). Para se chegar nesta Avenida, basta pegar o Tram 1, e descer na estação Kabatas, lá você tem que fazer a transferência para o funicular (a Avenida fica no nível bem acima da estação); do funicular, que se paga com o mesmo cartão do Tram, basta andar uma estação -  Taksim; esta estação é na Praça Taksim logo no começo da Istiklal, aí é só começar a andar e se deliciar com esta Avenida cheia de vida. 







Arredores do bairro Fatih -  Sultanahmet: como já disse anteriormente, ficamos na grande Fatih, no bairro Sutanahmet, o local é uma graça, cheio de restaurantes, lojinhas e perto dos principais pontos turísticos de Istambul; um dos melhores lugares para se hospedar.



Homens rezando durante o Ramadã


Capadócia 


A Capadócia é uma região da Turquia que fica na Ásia. Dentre as várias cidades/vilazinhas que compõem a Capadócia, optamos por ficar em Göreme, uma das mais conhecidas, principalmente por suas atrações e hotéis-cavernas. 

Partindo do aeroporto de Attaturk em Istambul, pegamos um voo para Kayseri, o aeroporto da Capadócia. O tempo de voo até Kayseri é de 1h.

No aeroporto há transfers até as cidadezinhas da Capadócia, os hotéis costumam ter este serviço opcional. Daqui do Brasil, já fechamos o transfer de ida para Göreme com o hotel, via e-mail, saiu 25 Liras Turcas por pessoa. Aconselho vocês a fazerem isto também, pois nosso voo chegou 22:30h e parece que todo mundo já tinha transfer pre-agendado lá. Nossa amiga Maria Angélica chegou sozinha em Kayseri, disse que não achou transfer e teve que pegar 200 EUROS por um táxi até Göreme,  um absurdo!!!! 

De Kayseri a Göreme é aproximadamente uma hora e o transfer nos deixa no hotel. 

Ficamos no Stone House Cave Hotel, um hotel caverna-lindo, no centrinho de Göreme, pagamos, por 04 diárias em quarto triplo, 441 Euros (110 Euros por pessoa), quarto duplo 300 Euros. Pensem num hotel mega fofo, com café da manhã maravilhoso e funcionários muitos solícitos: precisei usar o computador e eles me deixaram usar o computador do próprio escritório do hotel, sem qualquer problema. 










No dia seguinte fomos fazer o passeio de quadriciclo: alugamos na cidade mesmo, duas horas de quadriciclo com guia saiu 100 Liras por quadriciclo. Fechamos passeio com o pessoal da OZ Cappadocia ATV Parkuru, fica no começo da cidade, mas como lá é pequeno, dá para ir a pé tranquilamente. Em Göreme, só existe passeio guiado e achei isto importante, porque há vários lugares escondidos, de difícil acesso, e não sei se chegaríamos nem com GPS. Imperdível este passeio, além da emoção, fomos em cada lugar lindo! Um único inconveniente: o pó, eles até nos dão uma máscara para colocarmos enquanto estamos no quadriciclo, achamos que não íamos usar, mas é impossível não usá-la. É tanto pó, que no final eles passam um compressor de ar para nos limpar rsrssss. Mesmo assim, AMAMOS!!!!






A noite fechamos outro passeio: Turkish Night. Fechamos este passeio também numa agência no centro de Göreme: 80 Liras por pessoa com direito a transfer ida e volta, jantar com bebida inclusa e danças típicas. A festa acontece em um restaurante típico em Avanos (cidade maior bem pertinho de Göreme), começa às 20:00h e termina às 22:15h. Eu não gostei do jantar (peixe, frango ou carne com legumes), mas as entradas são maravilhosas. As bebidas (refrigerante, água, vinho e raki - bebida típica) ficam na mesa, já as cervejas, que também são de graça, você tem que ficar pedindo para o garçom. As danças são legais: Dervish (dança que os homens ficam rodando), dança do ventre, outras danças típicas,  no fim tem uma cerimônia de casamento com o pessoal da platéia. Muuuuuito legal, rimos demais, principalmente porque meu cunhado foi um dos pretendentes da noiva, minha amiga Lê. 

Dança Dervish













No dia seguinte fomos fazer o passeio o com guia particular, em português, e com a van dele: 40 Euros por pessoa. 

O guia nos pegou às 9:30h no hotel, e nos levou  para o  mirante.





Do mirante, fomos para uma fábrica de jóias, a mesma que fez todas as jóias usadas na novela Salve Jorge. Lugar bom para comprar óculos e peças em prata e pedra.


Depois, o guia nos levou para uma "casa", que foi o cenário da casa do personagem Ziad da novela. 









Da casa do Ziad, fomos para o Museu de Göreme: custa 45 Liras o passe, que te dá direito ao Museu, a Igreja Escura (que fica dentro do museu) e a Cidade Subterrânea. Compensa mais comprar o passe do que os ingressos separados. 

É no Museu de Göreme que ficam as igrejas-cavernas ortodoxas,
com os afrescos que retratam a vida de Jesus. 






No almoço, o guia nos levou em um restaurante em Avanos: 50 Liras por pessoa, com direito a entrada quente e fria, salada, prato principal e sobremesa; compensa, pois só o prato individual era umas 30 Liras; pra variar as entradas são muito melhores que o prato principal. 

Depois do almoço, fomos para uma fábrica de tapetes, legal para ver como é a produção, desde o bicho da seda até o trançado a mão, cada tapete lindo, mas não tem nenhum por menos de 800 dólares. 






























De lá fomos para a Cidade Subterrânea, que chega a ter até 4 ou 5 níveis abaixo da superfície, mas é tudo tranquilo, nem parece que você desce tanto. Ninguém teve claustrofobia, o mais difícil era abaixar para passar de alguns cômodos para outros.




Da Cidade Subterrânea, o guia nos levou para uma olaria/fábrica de cerâmica. Eles deram demonstrações de como fazem as peças, pudemos mexer com a argila, isto foi bem legal. No mais, as peças são belíssimas e caras, mas a última sessão da loja é mais acessível, com peças que têm os mesmos preços da cidade. 



Por fim, fomos ao Vale da Imaginação e Parque Nacional de Göreme, onde ficam as Chaminés de Fadas. 

Vale da Imaginação



Chaminés de Fada

Às 18:00h o guia nos deixou no hotel. Sinceramente, acho o guia totalmente dispensável, se você tiver carro lá. Me senti numa excursão, e o pior, o guia ficava nos levando em lugares para fazer compras (fábrica de joias, de tapetes, olarias), em cada lugar desses perdíamos, em média, uma hora; os turcos era muito simpáticos, nos ofereciam bebidas, nos davam aulas e depois não sabíamos como sair das lojas sem comprar nada, ficávamos sem graça e, com exceção dos tapetes que são totalmente inacessíveis, nos sentimos obrigados a comprar algo. Odiei está parte, me senti à disposição do guia e não o guia a minha disposição, o que deveria ser já que ele era um guia particular; apesar do guia ser uma amor, um fofo, esta é a política deles. Os lugares que o guia nos levou são de fácil acesso com um carro com GPS.

A Capadócia é o primeiro lugar no mundo em passeio de balão, pois tem o clima mais favorável para se voar. 

Nosso passeio passeio de balão estava marcado para o dia anterior, mas como estava garoando foi cancelado. Entretanto, mesmo sabendo que o voo seria cancelado, nos buscaram no hotel  às 3:40h, fomos até o office deles e lá nos informaram que o voo foi cancelado, pois a previsão era de chuva. Achei meio desorganizada esta parte, pois todos nós sabíamos que o voo seria cancelado, até o pessoal do hotel, e ainda assim nos fizeram ir até lá. Este foi o único ponto negativo de um passeio inesquecível.

No dia seguinte, finalmente, aconteceu o passeio mais esperado de nossas vidas: o balão. Nem dormimos direito, aliás nem dormimos, um misto de ansiedade com medo! 

Fechamos o passeio de balão com o hotel (130 Euros, balão até 20 pessoas, de 1:00h a 1:15h), por causa disto ganhamos o transfer da volta de Göreme até o aeroporto. Os hotéis costumam fazer isto, você fecha passeios com eles e dão, de cortesia, algum transfers. 

Às 3:40h da madrugada a van passou para nos pegar. Fomos até o office, onde todos se reúnem e tomam café,  simples, mas bom para matar a fome e a ansiedade. De lá, cada um é encaminhado para outra van com número que te levará para o seu balão, num outro local mais afastado. 

São mais de cem balões juntos, um espetáculo!!!! O passeio é cedo devido ao vento, que é bem calmo pela manhã. 

Às 5:00h começou o passeio de balão. De fora parece que o balão é super rápido, mas dentro é tudo tão calmo e tranquilo, uma paz. Não dá um pingo de medo, é maravilhoso e indescritível, a maior experiência que já tive. Lindo ver o céu cheio de balões e embaixo as maravilhas da Capadócia. 

Às 6:15h o balão começou a descer num campo entre as pedras, depois, com as pessoas ainda no cesto, este é direcionado até a carreta de uma caminhonete, onde descemos. Ali mesmo, brindamos o passeio com uma taça de champanhe sem álcool da região da Capadócia. Depois caminhamos até nossa van, que já está perto de onde aterrissamos. 

Às 7:15h estávamos de volta ao hotel e fomos descansar, afinal agora sim nossa ansiedade havia passado. 

O passeio é todo filmado com uma câmera GoPro, depois eles vendem o  pen drive com o passeio do balão: custa 80 liras, compramos 1 em cinco pessoas.  Vale a pena! 

Enquanto filma, a GoPro também fotografa. As fotos custam 10 Liras cada, mas estas eu não gostei, e não comprei. A gente tira tanta foto lá em cima que é desnecessário comprar mais. 

Nem pensem em não fazer este passeio, é pra qualquer idade. Tudo muito seguro, organizado e responsável. Há um mega esquema de segurança e o pessoal da aviação é bem rígido. A única dica é não fechar o passeio em balões com muitas pessoas, aqueles mais baratos, até 20 pessoas é seguro. Também nem pensem em fechar com qualquer empresa, e jamais procure o  mais barato. Fechamos nosso passeio com o hotel, pois nos pareceu bem seguro ... e foi. 







No resto do dia fomos andar pela lojinhas de Göreme: tolhas de mesa, capas de almofada, capas para sofá, bolsas, batas, lembranças da Capadócia, tudo muito muito lindo e bem mais barato que Istambul. Só não surtamos mais, porque tínhamos voos internos e a franquia de bagagem para estes voos são só 20kg (pelo menos era para Turkish Airlines); então cuidado com o peso da bagagem quando forem voltar da Capadócia. 







Ah, apesar da novela Salve Jorge mostrar a Capadócia pertinho de Istambul, na realidade são mais de 600 km, assim recomendo muito, muito mesmo ir de avião, as passagens são baratas e o voo é tranquilo.

Devido à novela, a maior parte das pessoas falam o português, que foram aprender em Florianópolis. Existem várias referências ao Brasil. A impressão que tenho é que a novela deu uma boa alavancada no turismo deles. 

O povo da Capadócia é super atencioso, num restaurante tinha uma árvore frutífera na rua, perguntamos para o garçom o que era e ele foi lá na árvore, colheu as frutas, lavou e nos deu para experimentar, eram cerejas. Já os mais velhos são bem tradicionais, uma senhora ficou muito brava, porque pegamos amora de uma árvore da rua, até agora não entendemos o motivo de tanta fúria rsrsrsrs. Ah, a amora, fruto da discórdia rsrs, era de uma espécie verde, diferente e gostosa, mas prefiro as vermelhas.

Como já disse acima, fomos no mês do Ramadã: às 1:20h da madrugada, ouvia-se barulho de fanfarra, que, segundo nos disseram, estava chamando o povo para rezar; às 3:15h ouvia-se a prece, que é o início do jejum total (inclusive água), e às 20:15h nova prece para encerrar o jejum; foras as orações que tinham no decorrer do dia. Ninguém come mesmo, os restaurantes ficam vazios durante o dia, e não achamos nenhum que vendesse bebida alcoólica. 

A temperatura na Capadócia, em junho, estava boa, durante o dia um calor suportável (com exceção do dia que choveu, que fez frio) e a noite um frio ameno. 

Enfim, conhecer a Capadócia foi a realização de um sonho, que, ao vivo é muito mais lindo do que eu imaginava. 



Marmaris: Riviera Turca

Da Capadócia fomos para Marmaris. Embarcamos com a Turkish Airlines com conexão em Istambul (Kayseri - Istambul 1h; Istambul - Dallaman/Mugla 1:20h). 

Em Dallaman/Mugla, principal cidade da região, há ônibus, da companhia Havas, que leva até Marmaris, a viagem dura 1:30h, custa 17,50 Liras. Os ônibus ficam do lado de fora do aeroporto, no estacionamento, e partem 25 minutos após a chegada do voo de Istambul.  Para saber dos horários dos ônibus Dallaman AirPort - Marmaris - Dallaman AirPort é só entrar no site da Havas; há outros ônibus que fazem o trajeto e você também pode pegá-los sem problemas, pelo mesmo preço. 

Chegando em Marmaris, o ônibus pára na rodoviária e de lá, para o hotel, pagamos 25 Liras por táxi: os táxis têm bagageiro grandes, cabem três malas tranquilamente. 

Marmaris é uma cidade super fofa, um balneário frequentado por ingleses ricos. São tantos ingleses que a maioria dos preços está em Pounds (Libra Esterlina).  

É bem raro ter brasileiros em Marmaris, bem raro mesmo, então quando ficavam sabendo que nós éramos brasileiros eles faziam a maior festa, fomos super bem tratados.

Ficamos no Maris Beach Hotel, uma graça, de frente para a praia, 4 diárias ficaram 240,00 Euros por um quarto triplo.

O hotel conta com um restaurante maravilhoso (eles dão 10% de desconto para quem é hóspede) e guarda-sol e espreguiçadeiras a vontade. Foi no restaurante do hotel, em Marmaris, que tivemos as refeições mais gostosas de tooooda a viagem: frango com molho de mel e mostarda, arroz turco e salada.







O único absurdo é eles cobrarem 20 Liras por dia pelo ar condicionado do quarto, mas, felizmente, na nossa reserva o ar já incluído. Já o cofre custava a mesma coisa e não estava incluído em nossa reserva, o que totalmente dispensável, pois a Turquia é bem segura, pelos menos em todos os lugares que fomos era assim. 

Na rua da praia não entra carro, é só para pedestres e bicicletas. A noite, a rua da praia é bem badalada, cheia de restaurantes com música ao vivo, os garçons são umas graças, divertidos e dançam para chamar a atenção do povo. 



A noite também tem a Bar Street, que é uma rua cheia de danceterias. Só fomos na Bar Street durante o dia, e  vale a pena, porque a rua é muito fofa. Foi também onde comemos o melhor "churrasquinho grego" ou döner kebap da viagem. 






No hotel, eles chamam os vendedores de pacotes turísticos, fechamos Pamukkale por 145 Liras e 55 Liras  pelo Boat Trip, ambos com almoço incluso. 

No Boat Trip, eles te pegam no hotel às 9:30h e te levam para a Marina, onde pegamos um barco, com espreguiçadeiras e com os garçons que são verdadeiros animadores de festa,  demos muitas risadas. 



O barco vai parando em alguns pontos de mergulho, uns com águas claras e outros com águas escuras, mas todas transparentes e geladas. 






O almoço é servido no próprio barco, eles fazem frango grelhado numa churrasqueira e servem com macarrão e salada, tudo bem, dá pra comer. 



Por fim, o barco para na Vila de Turunç, que é uma graça. A praia é igual de Marmaris, estreita com areia escura, águas calmas, transparentes e geladas, mas com o calor imenso, logo a gente se acostuma com o gelo das águas. 













Às 18:00h retornamos ao hotel. O passeio de barco é bem gostoso, dá para conhecer a orla de Marmaris, descansar, tomar sol e se divertir, recomendo! 

Como já disse, Marmaris é uma graça, compensa ir. Alugamos bikes por 2 horas (15 Liras por bike), deu para conhecer toda a orla e ainda fomos na Bar Street. A cidade é plana e há ciclofaixa em quase todo o lugar; na rua da praia, apesar de não ter ciclofaixa, pode-se andar tranquilamente de bike, já que não passa carros.  O sol se põe entre 20:30h e 21:00h.








Uma coisa estranha em Marmaris são as lojinhas, só tem produto falsificado, não entendi como uma cidade rica, cheia de ingleses endinheirados tem estas lojas chinfrins, não compramos nada, tudo caro e porcaria.



Pamukkale e Hierápolis

Como já disse acima, compramos o passeio para Pamukkale/Hierápolis no hotel em Marmaris,  por 145 Liras por pessoa, com café da manhã, almoço e entrada do parque inclusos.

Às 6:30h nos pegaram no hotel e nos levam para tomar café da manhã, normal, pão, manteiga, queijos, café e legumes, é, em toda a Turquia, eles comem muito legumes no café!!!!

Após o café, partimos para Pamukkale, são 2:30h de viagem, mas antes de chegar lá, param numa fábrica de lapidação de pedras (um saco!!!).

Ás 12:00h chegamos em Pamukkale, onde se tem: as piscinas de algodão;  a antiga cidade de Hierápolis com seu teatro,  o qual fica numa colina a 1 km das piscinas; e a Piscina de Cleópatra.


Teatro de Hierápolis

A Piscina de Cleópatra, segundo dizem, foi construída a mando dela mesma, que adorava se banhar naquelas águas quentes. Para nadar na Piscina da Cleópatra paga-se um custo adicional de 42 Liras, achamos desnecessário, pois, apesar de bonita, nos lembrou muito o Rio Quente em Goiás, além de estar lotada de gente. Preferirmos gastar nosso tempo nas piscinas de algodão, que era algo totalmente diferente do que já havíamos visto. 


Piscina de Cleópatra






















As piscinas de algodão são formações de calcário. Lá não se pode entrar com sapatos, logo na entrada você tem que deixá-los em algum cantinho, parece algo normal, pois ninguém mexe. É proibido entrar com sapatos, pois as piscinas são bem escorregadias, e eles podem causar acidentes. Em algumas partes é bem difícil andar, as pedrinhas machucam, mas tudo vale a pena. Também não dá para ficar sem óculos escuros e protetor solar, é tudo muito muito branco, parece neve, o que que faz o sol refletir e você se bronzear também de cima para baixo. As piscinas têm água morna, e a maioria das pessoas não nadam, apenas entram com os pés, já que são rasas.  












Ao redor das piscinas, há as ruínas das cidades de Hierápolis, assim a roupa ideal para ir para Pamukkale é: shorts, com biquíni por baixo, caso queiram entrar na Piscina da Cleópatra, e tênis, já que você tem que andar entre ruínas para chegar nas piscinas de algodão, onde você entra descalça, então nem precisa levar chinelo. 
























Ficamos só três horas em Pamukkale, você fica tão maravilhado com as piscinas de algodão, que três horas passam rapidinho. Ficamos pouco tempo assim, pois fomos de excursão, o que foi péssima ideia: o almoço, que nos ofereceram foi horrível; e ficaram parando numas lojas mais horríveis ainda, para forçar o povo a comprar, com isto perdemos tempo em Pamukkale. Nem conhecemos Hierápolis direito.

Aconselho a alugarem um carro e irem sozinhos, de preferência durante a semana, pois no final de semana, Pamukkale fica lotado; fomos numa segunda-feira e não parava de chegar gente. 

Ir sozinho possibilita você ficar mais tempo em Pamukkale, e conhecer um pouco mais de Hierápolis, que é recheada de história. 

Apesar de ter que subir uma Serra, a estrada nos pareceu tranquila, lembrou bastante a Serra do Mar de São Paulo a Santos: mão dupla, e tudo muito bem sinalizado. Eu, particularmente, odiei ir de excursão, fizerem a gente perder um tempo precioso em lojas horríveis. Às 20:00h retornamos a Marmaris. 

Peculiaridades da Turquia


Gatos: assim com na Grécia, a Turquia é cheia de gatos, e estes bichanos são mimados por todos.  Favor respeitá-los também!!!!


Gato na Basílica de Santa Sofia
Gatos na Capadócia e em Marmaris


Sorvete Turco: não deixem de experimentar o Sorvete Turco, feito com leite de cabra, não é tão cremoso, mas é delicioso, fora o show que eles dão. Você já deve ter visto uma "pegadinha" que o turista tenta pegar o soverte e toda hora é enganado por malabarismos do sorveteiro, pois é, isto é na Turquia. Em todo lugar tem este sorvete, e na hora do sorveteiro te entregar ele fica fazendo malabarismos, não derruba o sorvete e você não consegue pegá-lo. Depois de vários malabarismos, o sorveteiro te entrega o sorvete. É muito divertido, vale a pena pagar este mico!!!



Bebida Típica: o Raki é a bebida típica da Turquia, um aguardente a base de anis. Sou suspeita para falar, porque não gosto de nada que tenha anis.



Chá: os turcos amam chá quente, mesmo no verão. Em todos os lugares que você vai eles te oferecem chá, inclusive nas lojas que visitamos com os guias: dizem que é falta de educação ir na casa de um turco e eles não te oferecer um chá ou café. Nos restaurantes, após as refeições, os garçons te trazem, de cortesia, um chá delicioso de maçã verde (e olha que eu não ligo para chá), servido em um copo com pirex que é muito lindo. O chá turco é bem gostoso mesmo, é solúvel (tipo nescafé) e docinho, só colocar água quente e beber. Em todos as lojinhas se vende este tipo de chá, em caixas com vários sabores, mas os mais gostosos são os de maçãs, principalmente os de maçãs verde. Ah, vale a pena também trazer o copinho de chá, muito charmoso.


Chá de maçã verde servido nos restaurantes
Chá solúvel vendido nas lojinhas: uma delícia

Café: eu experimentei o café turco, no começo achei estranho, depois me acostumei. Lá eles não filtram o café, então a dica é deixá-lo descansar alguns minutinhos antes de tomá-lo, assim o pó se assenta no fundo e dá para tomar tranquilamente, só não consegui tomar até o fim, pois o pó fica acumulado; mas, valeu, eu até que gostei.

Vinho: os vinhos da casa, na Turquia, além de serem uma delícia, são servidos em jarras diferentes, o que os deixa ainda mais gostosos. As garrafas custam em torno de 64 Liras.



Cerveja: a principal cerveja turca é a Efes, que meu cunhado Marcos adorou!




Comida: os kebabs são os carros-chefes da culinária turca, são espetos de carnes (frango, vaca ou cordeiro) assados/grelhados no forno ou brasa, e depois servidos em pedaços/cubos, por vezes entremeados com vegetais, acompanhados com o pão turco e arroz marroquino (aquele que tem macarrãozinho no meio), um delícia. Ficamos super felizes quando percebemos que a maioria dos pratos turcos acompanha este arroz, afinal, nós, brasileiros, amamos arroz. Os pratos, que, na maioria das vezes, são individuais, custam em torno de 23 a 29 Liras.  Um prato típico que não gostamos, era uma massa, tipo um mini ravioli, com molho de tomate e iorgurte, estranho. Em geral, os turcos comem muito legumes, iogurte e pimenta. Em todos os lugares frisávamos para os garçons que não queríamos pimenta, fica a dica.

Kebab de bolinho de carne

Kebab tradicional: enrolado no pão
Kebab no jarro: eu bem que tentei, mas não descobri o nome deste prato, só sei é um kebab servido no jarro de barro, que eles quebram com uma espada para servir; vocês verão fotos dele em várias restaurantes e cardápios, daí é só pedir. Tem de carne, frango, cordeiro ou misto, são misturados com vegetais, lembra um frango xadrez e vem acompanhado do arroz marroquino, muuuuuito bom. Este prato custa 50 liras por pessoa, mas pagamos para 2 pessoas e comemos em três, deu muito bem; tomando vinho da casa (64 Liras, a garrafa), mais couvert com o pão pide, gastamos 76 Liras por pessoa.

Pão pide: o gigante pão pide, ou pão balão, sai do forno inflado pelo ar quente e depois murcha, é bem legal rsrsrsrs. Super comum em toda a Turquia, é simplesmente leve e delicioso!



Doces: podemos dividir os dois em dois tipos: os que são a base de mel, frutas e massa folhada e o Lokum ou Turkish Delight (delícia turca). Os doces de massa folhadas, muito conhecidos por nós como doces sírios, são uma delícia; de todos o que eu mais gostei foi o Baklava, doce de massa folhada tipo filo, coberto com calda de açúcar com água de rosas e pistache moído .... muito bom ... e o melhor lugar para se comê-los é na Avenida İstiklal. Já o Turkish Delight, vendido em todos os lugares, eu não gostei, só para aclarar a ideia, é uma espécie de gelatina firme, cortada em pedaços, recheada com frutas, castanhas ou o que você puder imaginar, coberta com açúcar de confeiteiro. 
Doces de massas folhadas
Turkish Delight

Chocolates: em todo o lugar tem uns cogumelos coloridos, eu achava que realmente achei que era algum doce de cogumelo, nem me interessei em experimentar, até que ganhei um no Gran Bazar e, para minha surpresa, era chocolate!!! Estes cogumelos são todinhos de chocolate com algum aroma diferente e uma casquinha crocante colorida, eu adorei. Mas o que gostamos mesmo ... mesmo mesmo ... foi um chocolate baratinho, que vi num blog, o Karam, parece um bis de chocolate meio-amargo ... muito muito bom. O preço varia de 1,50 a 2,50 Liras, depende onde você compra, mas tem em todo o lugar. Nem experimentamos outros chocolates, só comíamos este, AMAMOS, e trouxemos várias caixas para o Brasil. 





O melhor chocolate da Turquia: ficamos viciados nele
Museum Pass: em Istambul, há o Museum Pass, custa 85 Liras e te dá o direito de entrar em vários lugares, o preço compensa. Pena que só descobrimos isto no final de nossa viagem.



Igreja: na Turquia só vimos Mesquitas, é uma lado da outra, bem diferente e legal. Só vimos uma única igreja católica em toda a nossa viagem, a Igreja de Santo Antonio na Avenida İstiklal.




Segurança e limpeza: Istambul, Capadócia e Marmaris são muito limpas, muito mesmo; não há nem lixeiras nas ruas, que mesmo assim se mantêm limpas. O trânsito é meio caótico, eles não param para pedestres e buzinam muito. Achamos a Turquia bem segura, andávamos tranquilamente nas ruas. Não vimos nada que nos preocupasse, nada de atentados!! Os lugares públicos, como museus, shoppings e aeroportos são protegidos com policiais armados com metralhadoras, e em todos estes lugares você tem que passar por detector de metais. No aeroportos, já na entrada, temos que passar por detector de metais e passar nossas malas por uma esteira com raio X.

Roupas: nos disseram que não podíamos andar de shorts, minissaias, então só levamos calças e saias compridas. Entretanto, tinha muita gente de short, minissaia, blusa curta, então, acho que não tem problemas. De qualquer jeito, não abusem do comprimento das roupas e dos decotes, acho que tudo vale se não for muito ousado.

No mais, os homens turcos são muito "dados" com as mulheres, mas só aqueles que temos contato, como garçons, vendedores, staff do hotel,  nada que incomode. É uma cantada com delicadeza, até com um certo romantismo, nada de vulgaridade, faz bem para o ego rsrsrsrs.

Em junho, quando fomos, estava calor, mas não era insuportável, e a noite até colocávamos um casaquinho leve. 

A única dificuldade foi o idioma, eles não entendem muito o inglês mas, para nossa sorte, eles amam o Brasil, então fazem o maior esforço para nos entender. Em muito lugares, acho que por causa da novela, eles até arranhavam o português, inclusive em Istambul.

Ah, nem adianta perguntar onde fica o restroom e bathroom (banheiros), eles não sabem o que é isto, então apenas pergunte onde fica o toilet ou tuvalet (turco).

Enfim, esta foi nossa inesquecível viagem: a Turquia, um país receptivo, limpo, seguro e barato! AMAMOS