terça-feira, 15 de agosto de 2017

A beleza indescritível dos Lençóis Maranhenses - by Pati e Dani

Assim como Fernando de Noronha, os Lençóis Maranhenses também estava na lista de desejos rsrs. Como todos estão cansados de saber, viajar pelo Brasil é caro, então mais uma vez fomos de milhas, somente Dani e Pati.

QUANDO IR
A melhor época é entre Junho e Setembro, quando já passou a temporada de chuvas e as lagoas estão cheias. Mas, como a natureza, é quem manda, o ideal é dar uma ligadinha no ICM BIO (98) 3349 1297 ou email pnlm@icmbio.gov.br para saber se choveu bem na região dos Lençóis.

Voamos pela Azul, saindo de Campinas, mas achamos que não foi uma boa opção, pois mudaram nosso voo duas vezes. Nosso voo tinha duas conexões, mas mesmo assim, chegaríamos em São Luiz às 14:00h. Acontece que, com as alterações, fizemos uma conexão de 10 horas em Belo Horizonte e depois outra de 1 hora em Recife, para só chegarmos em São Luiz às 00:45h, aff!!! Quando ocorreram estas mudanças, pesquisamos muito uma outra opção, mas todas, voando Azul chegavam por volta da meia-noite em São Luiz, mesmo saindo de outros aeroportos de São Paulo. De qualquer jeito, pesquisem antes, pois as companhias aéreas vivem mudando os voos, vai que a Azul volta com o voo original com chegada as 14:00h. Aqui fica uma dica: quando se compra passagem com muita antecedência, você fica sujeito às mudanças de voo, então programe sua viagem contando com este imprevisto.

Aproveitamos a conexão em BH para passearmos. Alugamos um carro (aluguel e gasolina saiu mais barato que táxi ou Uber) e fomos para a Gruta da Lapinha, Lagoa Santa e depois Lagoa da Pampulha, que você pode conferir num outro post.

Chegamos em São Luiz às 00:45h e como a Hertz estava aberta (é 24h), decidimos antecipar a retirada do carro que seria pego só as 9:00h da manhã.
Para dormir uma noite em São Luiz, pegamos o hotel Ryad Express, que ficava bem pertinho do aeroporto (3 km) e da BR 135 que leva a Barreirinhas, principal cidade e "porta de entrada" para os Lençóis Maranhenses. O quarto duplo com café da manhã e estacionamento saiu por R$ 125,00. O hotel é muito simples, é só para uma noite mesmo; como é um dos pouquíssimos hotéis perto do aeroporto, ele é muito frequentado e de manhã é meio barulhento, mas vale pelo custo-benefício.


COMO CHEGAR: A ESTRADA
Às 9:00h saímos do hotel, com destino a Barreirinhas (255 km, aproximadamente).
O hotel ficava na saída da BR 135, andamos uns 50 km por esta estrada, que estava cheia de obras e, apesar de mão dupla na maior parte dos trechos, é estreita, movimentada, cheia de radares e lombadas, a velocidade não passa dos 60 km/h. Cuidado com estes 50 km na BR 135!!!
Em Rosário pegamos a BR 402, que passa no meio da cidade, parecendo uma rua, e depois vira uma estrada de mão simples, mas é melhor que a BR 135. A estrada até Barreirinhas é ótima, com pouco trânsito e super bem asfaltada.
O celular (operadora Vivo) e seu GPS só pegam até a BR 135, mas este continua funcionando no trajeto que você traçou, e em quase todos os pontos há várias placas indicando Barreirinhas.
Gastamos, entre ida e volta, R$ 150,00 de combustível, que, na média, estava R$ 3,40 por litro (etanol); nosso carro era 1.0 com ar condicionado!
Em todos os 255 km não havia nenhum pedágio, uma maravilha!!!

As 4 formas mais comum de se chegar em Barreirinhas, partindo de São Luiz, são:

1. alugar um carro, que foi a nossa opção, melhor custo-benefício
2. ônibus da Viação Cisne Branco, partindo da rodoviária de São Luiz (uns R$ 40,00), apesar de ser a opção mais barata, leva mais de 5 horas de viagem, achamos que ia dar muito trabalho
3. serviços de transfer (traslado regular) entre São Luiz e Barreirinhas, em vans coletivas, oferecidos pelas agências de turismo , custam R$60,00, porém só tem dois horário por dia, bem de manhãzinha e às 16:00h, e não coincidiam com nosso horário de voo
4. carro privativo com motorista, também oferecido pelas agências de turismo, que custa R$ 350,00 a ida e mais R$ 350,00 a volta, achamos muito carro.


A CIDADE
Barreirinhas é uma cidade bem simples e rústica, bem mesmo; a noite só tem a Avenida Beira Rio (que está longe de ser uma avenida), com seus restaurantes locais, recomendamos o restaurante O Bambu.
Apesar de ter aproximadamente 90 mil habitantes, a maior parte vive em povoados afastados, são mais de 200 povoados, assim a cidade não é muito movimentada.
Não tem muito o que fazer na cidade, só os poucos restaurantes da Avenida Beira Rio e algumas lojinhas de artesanato local; o forte da cidade são os passeios que vão para lugares afastados.
No mais achamos a cidade segura, claro que estávamos de carro e não andamos em locais ermos; mas nos disseram que a cidade é relativamente segura, só nos avisaram para não darmos bobeiras com nossos celulares.
Em relação ao carro, apesar de lá ter muitas motos, é super tranquilo andar de carro, sempre tem lugar para estacionar, inclusive no centro, o único ponto negativo é que fora do centro as ruas não são asfaltadas, tem muitos buracos e areião, mas não tivemos problemas com isto.






ONDE FICAR
As pousadas, em sua maioria, não têm chuveiro com água quente, mas isto não foi um problema para nós, porque a água do chuveiro sai morninha.

Ficamos na Pousada do Porto, limpa, aconchegante, a 5 minutos a pé do centro e da Avenida Beira Rio, passando por ruas asfaltadas, com funcionários ótimos, principalmente a funcionária Ana, que nos ajudou com tudo, inclusive com os passeios; a diária ficou em R$ 150,00 em quarto duplo (fechamos diretamente com a Pousada), café da manhã, TV, ar condicionado, só não tinha chuveiro com água quente; o fundo da pousada dava para o Rio Preguiças, onde tinha um pequeno cais, local onde o barco nos pegou para o passeio do Rio.

Indicamos também a Pousada d' Areia, esta fica bem no centro mesmo, ótima localização, com chuveiro elétrico, R$ 180,00 a diária para quarto duplo se fechada diretamente com a Pousada, só não ficamos nela porque a Azul fez o favor de alterar nosso voo e perdermos a reserva. Descobrimos que em Barreirinhas também tem Resorts e uma pousada novinha da Glória Pires, mas ficam um pouco afastadas, o que não é problema se você estiver de carro.
A dica em relação a escolha de pousadas é ficar no centro, próximo a Avenida Beira Rio, e ver se elas têm chuveiro com água quente. A voltagem é 220v.

RESTAURANTES E COMIDAS
Almoçamos no restaurante Bela Vista, que tem um deck para o Rio Preguiças; a comida era muito boa: R$ 15,00 prato executivo; R$ 35,00 prato individual, que dava para duas pessoas, mas sem exageros.

Deck do Restaurante Bela Vista, fundo para o Rio Preguiças. Comida deliciosa. 


À noite, jantamos quase todos os dias no restaurante O Bambu, que fica na Avenida Beira Rio, ele tem uma ótima nota no Trip Advisor e faz por merecer; o prato para duas pessoas estava entre R$ 85,00 a R$ 100,00; sentamos na varanda, mas há mesas no calçadão ao lado do rio, bem legal sentar lá também.
O interessante é que existe uma única banda tocando música na calçada e todos os restaurantes aproveitam desta banda com caixas de som, graças a Deus o som estava ótimo, só MPB!!!


Deck na Beira Rio

A comida maranhense é baseada em peixe, camarão e caranguejo, principalmente patinhas de caranguejos. Os peixes são ótimos, muito bem temperados e sem aquele gosto forte.
As bebidas típicas são: Guaraná Jesus, que é rosa e com um leve sabor de tutti-frutti, no começo é estranho, mas depois que acostumamos, só pedíamos Jesus; Tiquira, aguardente de macaxeira (mandioca), é meio azulada e dizem que é afrodisíaca.
Os doces típicos são: o pudim de macaxeira; doce de buriti, e os sorvetes com as frutas locais (bacuri, murici, buriti, graviola). O pudim de macaxeira comemos no restaurante O Bambu e achamos uma delicia, é cremoso, docinho e muito bom, recomendamos.




Pudim de Macaxeira
Patinhas de caranguejos
OS PASSEIOS
Os cinco principais passeios dos Lençóis são: Voadeira pelo Rio Preguiças, Lagoa Azul, Lagoa Bonita, Sobrevoo e Atins.
Recomendamos fazer os passeios na ordem a seguir, pois a beleza vai aumentando de um para outro, assim você não se decepciona com nenhum:

Passeio de Voadeira pelo Rio Preguiças até Caburé
Uma lancha rústica coberta, chamada pelos locais de Voadeira, desce o Rio Preguiças até o povoado de Caburé. O passeio começa às 8:30h quando vão te buscar na pousada; no nosso caso, nossa Pousada tinha um pequeno cais, então a própria Voadeira nos pegou e deixou lá, o que nos economizou tempo; do contrário, um carro vai te pegar na pousada e te leva para algum cais para você pegar o barco. A Voadeira tem lugar para umas 12 pessoas. Após pegar todos, partimos descendo o rio; uma meia hora, pelo rio, passando por uma vegetação cheia de palmeiras, bonito. A primeira parada, de uns 50 minutos, é no povoado de Vassouras (chamado de Pequenos Lençóis), onde você verá sua primeira duna com lagoa, aí você já fica encantado; se quiser pode nadar, mas preferimos só contemplar tanta beleza; neste povoado tem um restaurante, uma loja de artesanato, banheiro, redário para descansar, e na vegetação ao lado do restaurante há vários macaquinhos (macaco-prego). Não os alimente e cuidado com seus pertences, eles adoram "pegar" coisas de turistas.






















A segunda parada é no Farol do Mandacaru, numa vila de pescadores bem típica de lá, foi muito interessante ver eles secando os peixes no cais, para fazerem "peixe de sol"; subimos os 160 degraus para ter uma visão geral do lugar, nada de mais, mas tem que ir; o Farol fecha às 11:30, porém eles esperam todas as Voadeiras chegar para só depois fechar o Farol.






A terceira e última parada foi, às 12:30, no povoado de Caburé, lá só tem uns 3 ou 4 restaurantes e quadriciclos para passeios até a foz do rio. Não tem jeito, tem que almoçar lá, peixe ou camarão, prato para duas pessoas custa de R$ 85 a R$ 100,00; demora uns 40 minutos para ficar pronto. Depois de almoçar ficamos livres até as 15:00h. Em Caburé, de um lado tem o Rio Preguiças e do outro o mar, aproveitamos para ver o mar, já que esta seria a única oportunidade de vê-lo em nossa viagem. Em nosso passeio estava incluso um volta de 40 minutos em UM quadriciclo com guia: nós e o guia no mesmo quadriciclo, mas tudo bem, todo mundo anda em três lá. O guia nos levou até a foz do Rio Preguiças: de um lado Caburé, de outro Atins e na frente O MAR: nos banhamos no rio e no mar, que é lindo e um pouco bravo, então cuidado, porque lá é deserto e não tem salva-vidas.

Depois retornamos para o restaurante e ficamos esperando a volta com a Voadeira. Às 16:00h estávamos de volta na pousada. Este passeio é bonito, diferente de todos os outros porque é pelo rio e se vê uma única duna; se tiver que abrir mão de algum, achamos que pode ser este. O legal deste passeio são os enormes "cataventos" que vemos ao longo das margens, para captação de energia eólica, pois nos Lençóis se venta muito. Os cataventos são muitos e enormes, bonito de se ver. Uma dica: nos lugares que paramos, durante este passeio, não aceitam cartão, então não se esqueçam de levar dinheiro em espécie. Valor: R$ 130,00 por pessoa, com passeio de quadriciclo, fechado com a Ava Turismo; quem fechar o passeio sem o quadriciclo, em Caburé eles te cobram R$ 50,00 por quadriciclo.


 Vista de cima do Farol

Lagoa Azul (Grandes Lençóis)
Agora sim, você começa a ver a beleza dos Lençóis. Você pode fazer pela manhã (início: 9:30h, término 13:30h) ou a tarde (ínicio 14:00, término: 19:00, para ver o pôr do sol), como o principal passeio do pôr do sol é a Lagoa Bonita, decidimos fazer este pela manhã, o que foi uma ótima escolha, assim você vê as lagoas com diferente luzes. O passeio é feito em caminhonete 4x4, onde a caçamba foi adaptada com 4 fileiras de bancos e coberta, cabem 16 pessoas. Após fazer a travessia do rio em uma balsa, o que leva uns cinco minutos, a caminhonete pega uma estrada de um areião só, e às vezes tem que passar por umas poças d'água gigantes; são mais de 40 minutos nesta estrada, que balança muito, muuuuuuuito mesmo, a dica é sentar logo nos primeiros bancos porque balança menos e, se tiver opção, NUNCA sente nos bancos da extremidade porque a estrada é estreita e a vegetação bate em você. Chegando nas dunas, fazemos uma caminhada por 6 lagoas, onde temos 30 minutos para nadar em apenas três delas. A Lagoa Azul é a mais bonita e gostosa para se nadar, mas, pra variar, de azul não tem nada. Na última Lagoa para se mergulhar tinha umas "formigas d'água" que ficava nos picando, nada demais, mas incomodou e saímos da água. Depois voltamos caminhando até a caminhonete, mais 40 minutos de uma estrada "pula-pula", balsa, e as 13:00h estávamos na pousada. Adoramos este passeio, lindo, mas um pouco cansativo, porque andar entre as dunas não é fácil: subir é um sacrifício só, mas descer, apesar da altura, é super gostoso, desça sem medo, a areia te segura. Não há nenhuma, nenhuma mesmo, estrutura neste passeio, então leve água e petiscos, NÃO ESQUEÇA. Apesar do sol forte, o calor é normal, porque venta muito e as lagoas refrescam o lugar, esquecemos nossos chapéus e não tivemos problemas com isto. Com uma certa boa vontade e preparo físico, idosos e crianças maiores conseguem fazer este passeio, mas lembre-se, não há sombras no local. Valor: R$ 60,00, fechado na Pousada e quem levou foi a Ilha Turismo, mas todas as agências de turismo de lá nos pareceram confiáveis; o passeio é com guia, nem tentem fazer sozinhos.








Lagoa Bonita (Grandes Lençóis)
Se tiver que optar por apenas um passeio, escolha este. IMPERDÍVEL!!! O lugar, de beleza natural, mais lindo e indescritível que já fomos. Este passeio só é feito na parte da tarde, para se ver o pôr do sol. Às 14:00 te pegam na Pousada. Apesar da estrada e da balsa ser outra, o esquema é o mesmo: caminhonete 4x4, com caçamba com 4 fileiras de bancos e coberta; após fazer a travessia do rio em uma balsa, o que leva uns cinco minutos, a caminhonete pega uma estrada de um areião só, e às vezes tem que passar por umas poças d' água gigantes; são quase de 50 minutos nesta estrada; balança menos que o passeio da Lagoa Azul, mas a estrada é estreita e bem fechada de mata, então, tente sentar nos primeiros bancos e faça de tudo para não sentar nas laterais, porquê você certamente vai levar várias galhadas. 

A balsa não tem motor, ela é empurrada por um barco pequeno "rebocador", e tem capacidade para 4 caminhonetes.

Após os 50 minutos de estrada, chegamos na base de uma duna gigantesca, onde a caminhonete pára e temos que subir esta duna. São 60 metros em uma subida de quase 90 graus, não é nada perigoso, porque a areia te segura, mas é de matar de cansaço: no meio do trajeto tem uma corda para seguramos, ajuda; a sorte é que este caminho fica entre a vegetação, então não bate sol; de qualquer jeito, antes de chegarmos no topo, paramos, descansamos, subimos engatinhando, fizemos de tudo para diminuir o cansaço, e valeu. 



A hora que chegamos no topo e tivemos a visão do lugar, todo e qualquer cansaço desapareceu, é uma imensidão, sem fim, de dunas e lagoas. É maravilhoso!!!!! Lá caminhamos um pouco, fomos em três lagoas, onde ficamos nadando por 20 minutos em cada uma: Maçarico, Clone (devido à novela, que embora se passava no Marrocos, foi gravada lá) e Bonita, são lindas e enormes. Gostamos mais de nadar nelas do que na Lagoa Azul, eram mais límpidas e não tinham nenhum bichinho. Às 17:30, subimos e voltamos ao topo da duna inicial para ver o pôr do sol, que é um outro espetáculo. Às 18:00h descemos a mega duna, que agora foi super fácil descer, e voltamos para a caminhonete. Pegamos a estrada já no escuro, mas fomos presenteadas com uma super lua cheia. O passeio foi perfeito, MARAVILHOSO, AMAMOS. As dunas são enormes e íngremes, uma delicia rolar nelas até as lagoas rsrss. Às 19:15h nos deixaram na Pousada. Apesar de, na base da duna, ter uma vendinha, todo mundo já leva água e comida, o guia até pára no mercadinho para o povo comprar coisas para levar. Infelizmente, este passeio é totalmente desaconselhável para idosos e crianças, devido à subida. Valor: R$ 60 a R$ 70,00, fechado na Pousada e quem levou foi a Ilha Turismo, o passeio é com guia, nem tentem fazer sozinhos, é perigoso.







Um outro passeio imperdível, mas que é um pouco mais caro, é o Sobrevoo (de avião sobre os Lençóis).
O passeio inteiro, considerando o tempo de voo e o trajeto pousada-aeroporto-pousada, dura 1 hora aproximadamente. O tempo de voo mesmo é de 30 minutos e foi super seguro. O avião tinha capacidade para 6 pessoas (contando com o piloto). O voo balançou um pouquinho, mas quase nada se comparado com os passeios de 4x4, foi tudo muito seguro. A vista de lá é maravilhosa, e o passeio vale muito a pena. Ir para os Lençóis e não fazer o sobrevoo é um pecado; mas se não puderem fazer, a Lagoa Bonita ameniza este pecado. Há vários horários de voos durante todo o dia, mas logo pela manhã e no fim da tarde venta menos, então optamos por ir às 7:30h e não nos arrependemos. Valor: R$ 300,00 com transfer pousada-aeroporto-pousada, fechamos com a Ava Turismo, que é especializada em sobrevoo pelos Lençóis, recomendamos.











Há também o passeio de 4x4 até Atins, que é um povoado afastado, uma vila de pescadores situada na foz do Rio Preguiças, de frente para o mar. Este passeio não fizemos, porque não sobrou tempo, mas nos disseram que é algo parecido com Caburé, o passeio que fizemos de Voadeira.

ROTEIRO
Recomendamos, pelo menos, 3 dias inteiros para ficar em Barreirinhas, contando-se chegada e partida, serão necessários 5 dias:

1. Dia: Chegada em Barreirinhas;
2. Dia: Passeio de Voadeira, pelo Rio Preguiças, até Caburé, lá alugar um quadriciclo e ir até a foz do rio (é pertinho). Este passeio leva o dia inteiro;
3. Dia: Passeio na Lagoa Azul, este passeio dura meio dia e pode ser feito pela manhã ou à tarde;
4. Dia: Passeio pela Lagoa Bonita, este passeio dura meio dia e só pode ser feito a tarde para se ver o por do sol.
5. Dia: Partida de Barreirinhas
O Sobrevoo pode ser encaixado no dia da Lagoa Azul ou Bonita, porque é rapidinho.

No mais, não se tem muito o que fazer, a menos que você seja um amante da natureza e queira descansar.
Nós ficamos só dois dias inteiros, devido ao nosso problema de voo com a Azul. Foi super corrido, tivemos que fazer Sobrevoo, Lagoa Azul e Lagoa Bonita no mesmo dia: deu para fazer sem qualquer problema, mas foi um pouco cansativo.
Uma dica, para quem tiver mais tempo, é ir até Barreirinhas, ficar os três dias inteiros, e de lá ir para Jericoacoara; muitas pessoas fazem isto e algumas agências te levam até Jeri, passando pelo Delta do Parnaíba. Só um detalhe: não volte para Barreirinhas, Jeri tem que ser seu último destino.

Artesanato:
O artesanato local é a fibra de buriti. O buritizeiro é uma palmeira considerada amazônica, mas que pode ser muito facilmente encontrada no norte do Maranhão. A palmeira dá origem ao fruto buriti, que parece um coquinho e é muito utilizado na culinária, principalmente para doces e sorvetes, das folhas mais velhas tira-se a palha e das mais jovens extrai-se uma fibra muito fina, chamada “seda” do buriti. Ela é usada em biojóias e em bijuterias feitas com capim dourado. Com o talo mais duro são produzidas cestas, cabos de vassoura e com os mais finos, são confeccionados brinquedos, chapéus, bijuterias, bolsas e uma imensa gama de produtos artesanais.

Povo:
O povo maranhense é super solícito, alegre, feliz e educado. Adoramos.

Clima:
Durante o dia faz um calor abafado, mas como venta muito, isto ameniza o calor. A noite também faz calor, rsrsrs, só que venta mais, então, TALVEZ, você precise de uma blusinha; nós não precisamos e olha que temos frio à toa!!! Enfim, achamos o calor totalmente suportável.

São Luiz:
Quem chegar por São Luiz pode reservar uma horinha para conhecer o centro histórico, que fica a uns 13 km do aeroporto e leva uns 20 minutos. Colocamos no GPS a Rua Portugal, que fica bem no centro histórico. O local poderia ser tão bonito, lembra muito Lisboa devido às suas fachadas de azulejos, pena que esta totalmente abandonado, isto porque é Patrimônio Histórico da Humanidade, uma pena. Apesar do abandono, vale a pena conhecer. Não achamos perigoso, mas é bom não dar bobeira com bolsas e celulares, cuidado nunca é demais. O Palácio dos Leões, sede do Governo do Estado, é o único edifício super bem conservado.
Após uma horinha andando pelo centro fomos para o aeroporto e encerramos nossa viagem, que foi linda!!!!




Os Lençóis Maranhenses nos surpreenderam muito, voltamos maravilhadas, certas de que tudo valeu a pena e na dúvida se há uma paisagem no mundo mais linda que os Lençóis!!!!





quinta-feira, 10 de agosto de 2017

Gruta da Lapinha - MG - by Pati

A Gruta da Lapinha está localizada na região arqueológica de Lagoa Santa-MG, cerca de 30min do Aeroporto de Confins, dentro do Parque Estadual do Sumidouro.
Surgiu a partir de rochas calcárias formadas pelos restos marinhos do fundo do mar raso da bacia do Rio das Velhas. Restos que foram acumulados em camadas superpostas e trabalhados pela erosão
provocada pelas correntes marinhas e aéreas.
Hoje, nos seus 511 metros de extensão e 40 metros de profundidade, podemos observar formas surpreendentes.
Horário de funcionamento: terça a domingo das 8:30 às 16:00h, com atendimento de guias especializados.
Para a visitação é recomendado o uso de repelentes, boné/chapéu, tênis/bota, roupas leves e água para hidratação.
Preço: Gruta da Lapinha, com direito a entrada no Museu Peter Lund: R$15,00, estudante paga meia com a carteirinha. Só aceitam dinheiro!

Como chegar
Existem duas maneiras de se chegar ao Parque Estadual do Sumidouro, pela Lapinha (Lagoa Santa) - portaria do Museu Peter Lund/Gruta da Lapinha - ou pela Quinta do Sumidouro (Pedro Leopoldo) - portaria Casa Fernão Dias, que distam 6km uma da outra. No caso do transporte público, é importante escolher as linhas de ônibus corretamente para se chegar pela entrada certa. Tudo isso dependerá do interesse do próprio turista, que escolherá entre as várias atrações que o Parque oferece.

Para chegar, saindo de Belo Horizonte de carro, seguir pela MG 10 sentido Lagoa Santa, caminho para a Serra do Cipó. No bairro Campinho, em Lagoa Santa, entrar à esquerda sentido Lapinha, após o Km 44, e seguir as placas indicativas das duas entradas do Parque. Deste ponto são 6 km até a recepção do Museu Peter Lund/Gruta da Lapinha. Caso siga por aproximadamente mais 6 km, chega-se até a recepção Casa Fernão Dias. Todo o trajeto é sinalizado.
As entradas de acesso distam seis quilômetros uma da outra. No caso do uso de transporte público, é importante escolher corretamente as linhas de ônibus coletivo para se chegar pela entrada certa:

- As linhas de ônibus que dão acesso à portaria Museu Peter Lund / Gruta da Lapinha são 3002 e 3003. Para saber sobre os horários, consulte http://www.lagoasanta.mg.gov.br/index.php/prefeitura1/noticias/planejamento/translago/5548-quadro-de-horarios-lagoa-viva

- As linhas de ônibus que dão acesso à portaria Casa Fernão Dias são 300, 5100 e 5180. Para saber sobre os horários, consulte http://www.expressounir.com.br/ A linha 5180 atende as duas portarias.


Entrada da gruta






 Os salões são amplos e lindos. Lá dentro vivem morcegos e aranhas, estas ficam geralmente nas paredes, por isso também pedem para não encostar nas paredes, pois elas picam para se defenderem.
Já os morcegos ficam bem lá no alto quietinhos.


Estalactites: não é permitido tocar em nada, nem na gotinha!



Estalagmite em formação 





 Esta parede é muito bonita, tem um brilho, que parece com diamantes. Na foto não apareceu.






O Parque Estadual do Sumidouro tem outras atrações:
Museu Peter Lund
Casa Fernão Dias
Circuito Lapinha
Trilha da Travessia
Trilha do Sumidouro
Escalada
Canoa

A visita vale muito a pena, o grau de dificuldade é baixo, tanto que eles recebem muitos grupos de crianças. 
Como nosso tempo era curto, porque precisávamos pegar um voo para São Luiz, não dava tempo de conhecer mais nada. Nossa próxima parada foi os Lençóis Maranhenses, um show da natureza!